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Houve muita festa e fartura no EID pós restrições impostas pela COVID-19

Muitas famílias muçulmanas celebraram, depois do culto, o fim do ramadão num ambiente de festa e muita fartura. Os apelos para o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia estiveram entre as mensagens-chave.

A luz nasceu. É dia 02 de Maio de 2022. Chegou ao fim mais um mês de sacrifício. Um mês de jejum. É Eid Mubarak para os muçulmanos. O momento é de celebração. Tal como toda e qualquer boa festa, os festejos do fim do ramadão começam na cozinha.

“Temos arroz briane, frango assado, apas, chamuças, todo o tipo de salgados e doces”, enumerou Emília Osman, muçulmana residente na Cidade de Maputo.  

Era tudo isso e mais alguma coisa que foi preparado para quem consentiu um mês de jejum. “Ao longo de todo o mês, abstemo-nos de comer. Então, quando chega o Eid é para fazermos o que pudemos fazer ao longo deste tempo e festejar”, disse Emília Osman.

Mas o EID é mais do que uma simples celebração. É, também, um momento de reflexão sobre alguns pontos que preocupam o país e o mundo. “Pedimos o fim da guerra em Niassa e Cabo Delgado. Que acabe o sofrimento! Então, o nosso desejo que não aconteça essas coisas”, almejou Mussá Osman, secundado por Osman Ali que deseja que Deus tenha misericórdia com todos nós, “que perdoe as nossas falhas e que o nosso país esteja em paz, principalmente em Cabo Delgado e em todo o mundo como Ucrânia e África”.     

E nas festividades que marcam o fim de um mês de sacrifício, os muçulmanos pedem que Allah ouça e aceite as suas orações. “Nas nossas orações, nós pedimos a Allah que nos perdoe e aceite o nosso sacrifício naquele que pedimos durante o mês”, disse Saquina Cassamo, muçulmana na Cidade de Maputo.

O EID deste ano foi celebrado sem muitas restrições, o que permitiu às famílias que se juntassem em grupos maiores e sem máscaras em espaços abertos. 

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