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Homens de negócio e políticos discutem parcerias comerciais entre Estados Unidos e África

Mais de mil homens de negócios africanos e americanos procuram desde hoje estreitar parcerias na 12ª Cimeira Estados Unidos-África. Na abertura do evento, o Presidente da República, Filipe Nyusi exortou aos empresários americanos a aproveitarem o potencial de investimento existente em Moçambique, na região e em África.

É um dos eventos bienais mais importantes para as relações comerciais entre africanos e norte-americanos. Para África o maior interesse é atrair investimento para desenvolver o continente.

São mais de mil convidados que durante três dias procuram estabelecer parcerias. Entre as presenças destaque vai para chefes de Estado e de Governo da região e do continente, além de delegações de empresários americanos e de mais de 10 países africanos.

A secretária adjunta americana do comércio assegura que os Estados Unidos estão atentos ao potencial crescimento económico de Moçambique e de África e vão continuar a apoiar o desenvolvimento.

Porque o pano de fundo do evento é atrair investidores, o empresariado nacional, representado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique, alertou para a necessidade de melhorar o ambiente de negócios.

Na sua intervenção, o Presidente da República, Filipe Nyusi começou por vender as potencialidades do país. Filipe Nyusi alertou que para tornar o continente atrativo ao investimento é preciso ultrapassar alguns desafios.

Por ocasião da cimeira, Moçambique e os Estados unidos assinaram um memorando de entendimento que visa facilitar as relações comerciais entre os dois países.

Personalidades destacam importância da parceria entre os Estados Unidos e África

“A realização desta feira é o reforço da confiança com os nossos parceiros, sobretudo com os investidores, e uma reunião desta não se faz sem confiança e o nosso país vai ter que se prepara para capitalizar estas oportunidades. E uma das atrações para os investidores é a paz, e acreditamos que a paz é o pré-requisito para que as coisas corram bem. E acreditamos que os passos estão bem encaminhados, para que haja a paz efectiva no país o Presidente da República tem dado uma tónica a esta componente. Também estamos a trabalhar na transparência, a corrupção não é boa para investimentos, e quando conferências destas dimensões são feitas no país, isso revela que Moçambique vai caminhar para estes dois pressupostos. Porque Moçambique vai ser um país de paz e de transparência muito reforçada ”, Carlos Agostinho do Rosário – Primeiro-ministro.

“Na essência este projeto vem dar fortes possibilidades para alavancarmos a nossa economia, e por conseguinte passamos a ter um PIB sustentável, e pela sua grandeza e dimensão tem um impacto sobre a própria África, no entanto que tal, porque Moçambique vai tornar-se o maior produtor de Gás do continente. Naturalmente, sem a paz não se pode fazer muito a paz é um elemento fundamental, como garantia para que haja um sucesso neste projecto”, Armando Guebuza-Ex-Presidente da República.

“Para Moçambique é uma viragem, porque primeiro acontece depois de haver este incidente dos ciclones (Idai e Kenneth), que de facto trouxe uma imagem negativa para Moçambique, como país das dívidas, país das doenças, e essa conferência muda um pouco esse cenário. E acontece a conferência desde ontem, com o lançamento ou a decisão de um investimento por parte de uma grande multinacional norte-americana, que naturalmente vai mudar aquilo que é o posicionamento de fluxo de investimento estrangeiro em Moçambique, e não só em Moçambique, mas também no mundo, estamos a falar de um impacto enorme sem olhar para aquilo que são os próprios desafios do país, neste momento, que é a pacificação, portanto complementam um pouco este esforço de diálogo, paz. Em termos de significado desta XIIª cimeira, África-Estados Unidos da América, é muito importante porque é a terceira vez que isto acontece em África, e um país como Moçambique de facto merece”, Lourenço Sambo.

“Bom, em primeiro lugar esta cimeira, US-África, serve para reconstituirmos a imagem do nosso país, como nação, uma imagem que foi demasiadamente desgastada nos últimos anos devido a estes escândalos todos de conflitos político militares, e penso que Moçambique está a tentar virar a página e esta conferência é bem-vinda, para podermos capitalizar o que Moçambique tem de bom, e é uma cimeira que vai criar networking entre empresários africanos e com empresários americanos, afinal ontem acabamos de assistir um acordo decisivo, do fecho financeiro do projecto Anadarko, que é um projecto gigantesco em qualquer parte do mundo, e no continente africano será considerado o maior. Portanto estamos a falar de 20 mil milhões de meticais, tem um impacto na macroeconomia moçambicana. Espero que esta oportunidade também tenha impacto na microeconomia do país, porque esta é o grande desafio que Moçambique tem,”, Salimo Abdula-Empresário.  

     

 

 

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