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BAD aprova donativo de 665 mil dólares para Reabilitação da Linha Férrea de Machipanda

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou, ontem, a aprovação de um donativo no valor de 665 mil dólares, para financiar o Estudo de Impacto Ambiental e Social (ESIA) para o projecto de Reabilitação da Linha Férrea de Machipanda, no Corredor da Beira.

Trata-se de um valor aprovado através do Fundo Especial do Mecanismo de Preparação de Projectos de Infraestrutura da NEPAD (NEPAD-IPPF) através do qual se vai garantir “que o projecto considere as questões de resiliência e sustentabilidade, ao mesmo tempo que proporciona conforto aos financiadores de dívidas subsequentes do projecto quanto à sua bancabilidade”.

“O objectivo específico deste trabalho será revisar, identificar e avaliar a documentação ambiental e social existente e os prováveis impactos do projecto de reabilitação a ser feito na linha férrea de Machipanda, e recomendar medidas apropriadas para mitigação”, indica um comunicado de imprensa, recebido na nossa redacção.

Segundo a nota, espera-se que as obras de reabilitação, cujo arranque não foi especificado, “não só restaurem a linha ferroviária, mas também melhorem a capacidade de tonelagem da ferrovia de vagões de 60 toneladas para vagões de 80 toneladas”.

A linha Machipanda tem 317 km e liga o Porto da Beira e a rede ferroviária do Zimbabwe e a reabilitação faz parte do portfólio do BAD em Moçambique.

“Como parte da sua estratégia de integrar África, o BAD está empenhado em fortalecer a ligação ferroviária transfronteiriça entre Moçambique e o Zimbabwe de uma forma que seja sensível aos impactos sociais e ambientais”, disse Pietro Toigo, representante residente da instituição no país.

De acordo com o BAD, o seu portfólio activo em Moçambique compreende 28 operações com um compromisso de USD 1,41 bilião, “e inclui cinco operações regionais e grandes investimentos no Norte de Moçambique, com um compromisso total de USD 500 milhões nos últimos oito anos, principalmente nos sectores rodoviário e ferroviário, mas também intervenções críticas nos sectores de competência e educação superior”.

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