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HIV/SIDA é a doença que mais mata no país

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O HIV/SIDA continua a ser o maior problema de saúde pública do país. Estudos feitos pelos Institutos Nacionais da Saúde e de Estatística entre 2019 e 2021 indicam que a doença é a que mais mata no país. O cancro e a malária são as doenças que seguem como principais causas da mortalidade.

Só em 2021, cerca de 13% das mortes registadas no país, em oito mil agregados familiares, foram devido ao HIV/SIDA. Os dados constam do Relatório Nacional de Mortalidade e Causas de Morte 2019–2021, divulgado esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Saúde.

“Apesar de o HIV ter reduzido muito à proporção de óbitos nos últimos 12 anos, continua a ser a principal causa de morte em Moçambique, principalmente em indivíduos entre os 15 e os 49 anos de idade. Mas houve uma redução muito grande ao longo dos anos, o que demonstra que tem havido prevenção e controlo da doença para reduzir a taxa de mortalidade”, disse Ivalda Macicame, directora nacional de Inquéritos no Instituto Nacional de Saúde.

Ivalda Macicame falava, esta quinta-feira, durante a apresentação do Relatório Nacional de Mortalidade 2019–2021, que aponta que o cancro e a malária ocupam a segunda e a terceira posição, respectivamente, nas doenças que mais matam no país.

“Os cancros têm aumentado muito à proporção de óbitos, porque continuamos a ter, no nosso país, maior urbanização, com isso vem hábitos de vida não saudáveis, como o aumento do tabagismo, redução da actividade física, alimentação ou dieta não saudável, o que aumenta à proporção de óbitos pelo cancro. Sobre a malária, tem-se registado uma redução exponencial de mortalidade”, disse Ivalda Macicame.

O Relatório de Mortalidade vai permitir definir estratégias para a redução de mortes, segundo afirmou o director-geral do Instituto Nacional de Saúde, Eduardo Samo Gudo.

“Os dados de mortalidade e causas de morte são de capital importância para: (i) determinar o peso das doenças e os determinantes sociais de mortalidade; (ii) identificar precocemente possíveis eventos associados ao aumento de mortalidade; (iii) desenho de políticas, planos e estratégias para redução de mortalidade; (iv) monitorar o impacto das intervenções de redução de mortalidade e (v) monitorar o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, avançou Eduardo Samo Gudo.

O Instituto Nacional de Saúde fala também da necessidade de reforçar o sistema de saúde nas comunidades, como forma de reduzir a taxa de mortalidade.

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