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Helmano Nhatitima: das quadras às lides literárias

Fotos: O País

Campeão nacional pelo Costa do Sol, em 2001, na “caixa de fósforos”, ou melhor pavilhão dos Desportos da Beira e Desportivo Maputo, em 2015, na sala de visitas do basquetebol moçambicano, Maxaquene, Helmano Nhatitima estreia-se na literatura com a obra “Comunicanto: comunicação organizacional: o caso de Moçambique”.

Nhatitima procura, nesta obra, reflectir sobre os modelos de comunicação nas instituições públicas em Moçambique, trazendo casos reais.

Mais: chama atenção para a importância da comunicação organizacional como ferramenta de desenvolvimento e eficácia de uma organização.

A título de exemplo, Nhatitima aborda a gestão problemática de informação das LAM aquando da queda, a 29 de Novembro de 2013, da aeronave Embraer 190 das Linhas Aéreas de Moçambique que fazia o voo TM 470, com destino a Luanda.

Outro tema analisado, que gerou muitos debates, sobretudo, pela forma como a informação foi divulgada, consumida e (di)gerida é o do Conselho de Ministros que  analisou a proposta de produção do amaranthus, nome científico de uma planta comestível, amplamente conhecida como “Tseke”, na região sul do país

O executivo defendeu, na voz do antigo porta-voz da sessão do Conselho de Ministros, Mouzinho Saíde, a necessidade de se apostar nesta planta porquanto a mesma apresenta alto teor nutricional e de fácil cultivo. Pouco tempo depois, a informação viralizou nas redes sociais provocando acesos debates.

Na segunda parte da sua obra, o antigo jogador da selecção nacional de basquetebol apresenta alguns textos publicados na sua coluna num dos jornais da praça. Do social ao político, económico e desporto, Nhatitima faz uma abordagem profunda sobre os problemas que enfermam a sociedade moçambicana e propõe algumas soluções.

Como atleta, representou a extinta e brilhante formação da Conseng (um poço de talentos do basquetebol moçambicano), o histórico e clube mais titulado do país Maxaquene, o agora moribundo Desportivo Maputo e o Costa do Sol.

Em 2000, na sempre dificílima, “infernal” e emocionante cidade da Beira, campeou pelo Costa do Sol então orientado por “coach” Milagre “Mila” Macome.

À partida “outsider”, o Costa do Sol agigantou-se perante a candidata Académica com um conjunto onde pontificavam Helmano Nhatitima, os gémeos Fernando e Sansão Matavele (ora na Inglaterra), Maninho Sobrinho, Guilherme Cabral, Valgy Samanjo, Octávio Gregório Magoliço (ainda com idade de juniores), entre outros.

Catorze anos depois, em pleno pavilhão do Maxaquene, Nhatitma foi campeão nacional pelo Desportivo de Maputo, num ano em que os “alvi-negros” sob comando de Bernardo “Coach B” Matsimbe colocaram em sentido o Ferroviário de Maputo.

“Lingras”, o Pio Matos que foi MVP, comandou a “troupe” constituída ainda por Paulo Sambo – o tipo dos tiros exteriores-, Augusto “Gordo” Matos, Nelson “Snoop” Jossias, David “Mano” Canivete, Sérgio “Serginho” Hitie, entre outros.

Com objectivo de contribuir para o desenvolvimento da modalidade, aceitou o desafio de dirigir o departamento de basquetebol do Desportivo Maputo.

Hoje por hoje é vogal para o basquetebol na Comissão Executiva do Clube de Desportos da Politécnica, presidida por Narciso Matos. Para além de Nhatitima, fazem parte dos órgãos sociais Rosânia da Silva (vice-presidente para Administração e Finanças), João Domingues (vice-presidente para o Desporto), Tânia Wachene (vice-presidente para Marketing e Relações Institucionais), Anacleto Paulino (vogal para voleibol e futsal) e Hebenizário “Benito” Hamela (vogal para Marketing e Relações Institucionais). Helmano Nhatitima é, actualmente, delegado da Autoridade Tributária na província de Cabo Delgado depois de ter estado durante 15 anos no departamento de comunicação da instituição.

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