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HCM investiga maus-tratos a estagiários

Foto: O País

O Hospital Central de Maputo está a investigar supostos casos de violência e assédios sexuais de estagiários de medicina, na unidade sanitária. A investigação é feita após denúncias dos estudantes, que, segundo relatam, alguns até desistiram da formação.

Uma denúncia anónima feita por estudantes finalistas de medicina da Universidade Eduardo Mondlane, sobre supostos maus-tratos no Hospital Central de Maputo, coloca em colisão tutores e estagiários da maior unidade sanitária do país.

Segundo uma nota que circula nas redes sociais, os estagiários de medicina sofrem assédio sexual, maus-tratos e sobrecarga horária protagonizados por seus professores e tutores.

O “O País” contactou um dos estagiários e, sem revelar a sua identidade, confirmou as informações e reiterou que uma das maiores preocupações tem a ver com a carga horária e humilhações. “Estagiários não m tempo para se alimentar;ficam muito tempo na enfermaria a cuidar dos doentes e, quando saem, começam as ameaças”, revelou.

A denúncia chegou aos ouvidos da direcção do hospital que, através de um documento, disse estar contra as acções e garantiuprosseguir com uma investigação.

Por esta via, manifestamos o nosso repúdio e condenamos veementemente qualquer tipo de comportamento desviante, antiético contra a integridade física e moral dos nossos utentes, funcionários, colaboradores, estudantes e a boa imagem institucional, pelo que diligências já foram accionadas junto das partes envolvidas para melhor entender e colmatar o problema”, refere o documento.

A Universidade Eduardo Mondlane também reagiu, através de um comunicado no qual mostra-se preocupada com a onda de denúncias anónimas. Entretanto, refere que as denúncias com recurso a redes sociais não oferecem condições para a realização de uma investigação coerente e eficaz, de modo a responsabilizar os delegados perpetradores.

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