O Hospital Central de Maputo está com défice de sangue para responder às necessidades dos doentes. É que nos últimos dois meses, baixaram de 60 para 30 o número de unidades de sangue colectadas diariamente.
Chama-se Olinda Macaringue e tem 62 anos de idade. Em 2016, foi-lhe diagnosticado o cancro do colo do útero. Depois de contrair a doença, o seu marido a abandonou e hoje vive com os seus netos.
Para poder prosseguir com o tratamento, Olinda Macaringue precisa de três dadores de sangue e neste momento só conseguiu um que é a sua filha.
Tal como ela, várias pessoas internadas nas enfermarias do Hospital Central de Maputo não tem recebido o sangue requisitado pelo médico que as assiste, tudo porque reduziu o número de dadores na maior unidade sanitária do país.
Anualmente, o Hospital Central de Maputo, só consegue 26 mil unidades de sangue contra as 30 mil que seriam necessárias para suprir o défice.
E enquanto isso não acontece, há alguns dadores que vão lutando contra o tempo para salvar vidas. Feliciano Sapatinha é dador de primeira viagem. Ele está doar sangue para a sua mãe que está internada na Oncologia do Hospital Central de Maputo, mas assegura que vai doar por mais vezes.
E o mais experiente como Gilberto pedro, que doa sangue há 16 anos, diz que sente-se bem ao ajudar a salvar algo que o dinheiro não pode comprar: a vida.
Refira-se que a 14 de Julho celebra-se o dia Mundial do Dador do Sangue, cujo objectivo é de agradecer aos dadores voluntários e consciencializar ainda mais as pessoas a doarem sangue e salvar vidas.