O governo cubano defende uma forte investigação às fontes de financiamento do grupo de terroristas que atormentam a província de Cabo Delgado, como um dos caminhos para complementar as acções militares em curso no terreno.
Falando nesta terça-feira, no final de uma audiência concedida pela Presidente da Assembleia da República, no âmbito do reforço das relações parlamentares entre Maputo e Havana, o representante diplomático daquele país, Pavel Diaz Hernandez, considera que, fechando as fontes de financiamento, já é um meio caminho para acabar com o problema.
“Há que encontrar um verdadeiro caminho do dinheiro e dos reforços militares usados, porque aqueles terroristas estão a usar armamento, equipamento de comunicações a ser fornecido por alguém e, por isso, é importante encontrar essas fontes e interrompe-las” defendeu aquele diplomata.
Por outro lado, salienta que Moçambique precisa de apoio internacional, contudo, sugere que o melhor suporte deve ser dos países vizinhos.
“Moçambique precisa de apoio internacional, porque está a lidar com um problema global. Sabemos que Moçambique tem feito tudo o que está no seu alcance, mas trata-se de um problema que precisa de solidariedade internacional. A região (SADC) no geral, e os países vizinhos, em particular, tem uma responsabilidade nesse sentido …e acreditamos que, em conjunto terão a capacidade de resolver directamente este problema” saleientou.
Parceiro de longa data no apoio a Moçambique, Havana diz que, desta vez, contrariamente ao que aconteceu, quer durante a Luta de Libertação Nacional, quer na guerra dos 16 anos, não está previsto qualquer suporte militar.
“Não está previsto e não recebemos qualquer pedido nesse sentido” disse Pavel Hernandez.