Um comité de habitantes do Sudão lançou, este domingo, um apelo urgente a doações de alimentos para sobreviverem naquele país, devastado durante mais de três meses por uma sangrenta guerra entre o exército e os paramilitares, escreve o Observador.
Devido aos combates, sobretudo na capital, Cartum, milhões de habitantes encontram-se retidos em casa e alguns sem acesso a água, sobretudo nos subúrbios de Cartum-Nord, tendo apenas eletricidade intermitente.
Segundo os moradores, com os combates já não há mercado e, de qualquer forma, já não há dinheiro. Os alimentos são escassos e há quem se limite a uma refeição por dia, pelo que um comité de bairro na capital lançou um “apelo urgente” à população no domingo.
“Devemos apoiar-nos uns aos outros, dar comida e dinheiro aos que estão ao nosso redor”, escreveu o comité al-Danaqla.
Os salários dos funcionários públicos, por exemplo, não são pagos desde Março, noticia o Observador que cita AFP.
Os combates agravaram ainda mais a frágil situação humanitária no Sudão, já um dos países da região mais afectados pela desnutrição.
De acordo os dados com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), citado pelo Notícias ao Minuto, desde o início do conflito no Sudão, em Abril, 435 crianças morreram e 2.025 ficaram feridas.