O Serviço Nacional de Salvação de Salvação Pública (SENSAP) está preocupado com o aumento de pontos de venda de gás de cozinha em condições impróprias. O SENSAP alerta para o risco de explosões devido à má conservação.
Nos contentores, nas bermas das estradas, até mesmo nas residências, há venda de gás de cozinha, que dantes era apenas comprado nas bombas de combustíveis.
“Existem algumas formas de comercialização de botijas de gás que não são as mais apropriadas em função da natureza e da perigosidade que o material tem. Portanto, na maioria das vezes, estas são colocadas em frente aos contentores, em locais com algum revestimento, como uma pequena grade, por exemplo, mas não é de segurança o suficiente para garantir que não haja nenhuma acção externa que possa criar alguma explosão”, explicou Leonildo Pelembe, porta-voz do Serviço Nacional de Salvação Pública.
Com o alastramento dos pontos de revenda, cresce a preocupação das autoridades com o surgimento de estabelecimentos que não observam as medidas de segurança, segundo o porta-voz do SENSAP.
Por sua vez, o Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), entidade responsável pelas distribuidoras, recorda as condições de segurança obrigatórias: “Comercializar o gás em condições inapropriadas não é legal. Uma das condições é que se deve ter um espaço devidamente preparado onde as botijas são armazenadas correctamente, e no mesmo local, deve haver material de combate a incêndios, na perspectiva de que, se acontecer alguma coisa, haverá condições de controlar”.
Na ronda feita pelo “O País” em alguns pontos de revenda, constatou-se que há deficiências, desde a exposição das botijas de gás ao sol até à falta de extintores de combate a incêndios.
“O embate violento de uma botija de gás e uma viatura que vem a uma alta velocidade, desgovernada, pode constituir um grande perigo. Pode haver uma explosão no local”, referiu Leonildo Pelembe.