Cerca de 51 mil pessoas do município da Matola, província de Maputo, terão acesso a serviços de saúde melhorados até ao fim do ano em curso. Para o efeito, arrancaram esta terça-feira as obras de construção do Centro de Saúde da Matola Santo.
Berta Queia vive na Matola Santos há 10 anos e tem um filho doente. Ela contou ao “O País” que leva o menino para cuidados médicos numa unidade sanitária móvel que só funciona no interior do bairro, em horários normais de expediente. Com a construção do centro de saúde acima referido, a mulher prevê que nos próximos quatro meses tenha um hospital mais próximo.
A entrevistada lamenta que ela e os outros habitantes da zona tenham que percorrer longas distâncias para ter acesso a cuidados sanitários condignos. “Nas noites a situação complica-se ainda mais, pois os idosos com dificuldades motoras, incluindo crianças, chegam a perder a vida a caminho do hospital”.
Para Berta, “o hospital que será construído naquele bairro vai melhorar muito a saúde da comunidade”.
Trata-se de uma unidade sanitária a ser erguido numa área de 5.500 metros quadrados, cedida pela Igreja Anglicana. O centro vai oferecer serviços de consultas externas, saúde materno-infantil, tratamento anti-retroviral, farmácia, entre outros. O financiamento é de 50 milhões de meticais disponibilizados pelo Governo norte-americano.
Alfredo Vergara, do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), uma instituição do governo americano em Maputo, garante a continuidade de apoios na construção de mais infra-estruturas para a melhoria de cuidados sanitários para a população em todo o país.
A construção do Centro de Saúde da Matola Santo “é uma demonstração dos esforços” do Governo dos Estados Unidos da América e do Ministério da Saúde moçambicano em aumentar as infra- estruturas para saúde, disse o responsável.
A cerimónia de lançamento da primeira pedra para a edificação daquele centro foi orientada por Júlio Parruque, governador da província de Maputo, que destacou a contribuição que a unidade sanitária poderá dar à população local, sobretudo, no combate ao HIV-SIDA, à malária, à cólera e outras doenças que mais apoquentam a população “matolense” e não só.
“A unidade sanitária que estamos a implantar vai ser um grande ganho para o povo. Vai ter como consequência a melhoria do estado de saúde da nossa população, a redução da distância para o acesso aos cuidados médicos e a melhoria da qualidade de vida da população”, disse Júlio Parruque, dando a conhecer que “ainda que neste quinquénio, o executivo provincial vai construir mais três unidades sanitárias na Matola”.