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Há fraca procura de transporte na “Junta”

O terminal interprovincial da Junta regista fraco movimento de passageiros. Os transportadores consideram que o cenário é anormal comparado com os anos anteriores, em que tem havido registo de saída de muitos autocarros para as três zonas do país.

Apenas 71 carros saíram do parque este domingo, número que está longe do habitual neste período, em que tem havido pelo menos registo de saída de mais de 200 viaturas. Inhambane, Zambézia e Nampula lideram. São as províncias com maior número de passageiros.

O presidente da Associação dos Angariadores no Terminal Interprovincial da Junta, Raúl Estêvão, diz que o facto de haver mais passageiros para essas três províncias faz com que os transportadores prefiram apostar por essa rota. Esse facto, segundo explica, tem contribuído para que haja maior disputa pelos passageiros.

“O cenário que se está a passar este ano é preocupante. Nunca antes aconteceu, inclusive no tempo da COVID-19 não houve tanta carência de passageiros como agora. O terminal regista um movimento de um dia normal”, explica Raúl Estêvão, que aponta a falta de dinheiro como uma das causa que para na origem desse problema.

Raúl Estêvão aventa também a possibilidade de as pessoas terem viajado um pouco cedo, tendo em conta que já têm noção um ou dois dias antes da festa do Natal tem havido muitos constrangimentos nas estradas.

Já Leopoldo Aníbal, transportador que faz a rota da Massinga, considera que, apesar desse fraco movimento, não se pode parar, até porque é nos momentos difíceis que se deve mostrar a resiliência.

Para ele o fraco movimento pode estar na origem da actaul conjuntura ecoomicamente atípica que o país atravessa, contribuindo para que as pessoas não queiram viajar.

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