Apesar do fraco movimento, comerciantes trabalham a todo vapor para garantir a venda de material escolar e uniformes para novo ano lectivo na cidade de Maputo.
Na contagem decrescente para o regresso as aulas, pais e encarregados de educação já se agitam a procura do material escolar e uniformes. Nas lojas vocacionadas na venda de material escolar o movimento anda fraco, consideram os comerciantes quando comparam com o mesmo período de 2019. O mesmo acontece em relação ao mercado informal onde na áptica dos encarregados de educação os preços são mais acessíveis.
O filho de Nomeia Inês, vai a escola pela primeira vez, a ansiedade é tão grande que não quis deixar as compras para última hora.
“Vim mais cedo fazer as compras para fugir as enchentes e especulação de preços das últimas semanas do mês, Já comprei os cadernos, canetas, pasta e até uniformes”, disse a mãe do pequeno Fenias de seis anos de idade.
A meio gás está a procura pelos uniformes escolares.
Sebastião Safora costureiro de uniformes a mais de 30 anos no mercado Xipamanine, para responder a habitual demanda, comprou um rolo de 50 metros que lhe permite fazer mais de 30 pares de uniformes. Contudo, lamenta a fraca procura. Desde que iniciou o ano só consegue vender um a dois pares por dia.
“Este ano a procura está muito fraca. Ainda não comecei a vender como esperava. As pessoas gostam de deixar tudo para última hora, depois são filas que não acabam”, desabafou o costureiro que optou por fazer outro tipo de uniformes, como do enfermeiro e professor para evitar prejuízos.
Neste mercado, um dos mais procurados na cidade de Maputo, encontramos Gina da Glória, encarregada de educação, que prefere mandar fazer o uniforme que comprar já feito.
“Vim levantar o uniforme da minha sobrinha. Porque mandou fazer e não comprou feito? É mais prático e barato” comprei três pares e gastei 600 meticais, na loja, sairia ao dobro”, esclareceu Gina Glória.
O movimento de procura pelos trajes escolares também já se faz sentir nas lojas vocacionadas em venda de uniformes, umas com pouco movimento e outras já com filas longas.
“O País” encontrou Vânia Manhiça, gerente de uma loja, a descarregar caixas de uniformes, sapatos e arrumar, ao mesmo tempo que procurava atender os poucos clientes que surgiram.
“O movimento ainda está fraco, nós também ainda estamos a receber as encomendas. Acreditamos que as pessoas estão a recuperar das festas e a espera do 13° terceiros”.
Ainda assim a quem celebrou a quadra festiva a contar com o regresso as aulas. É caso Célia Gumane, que sem mãos a medir comprou todos trajes escolares que filhos precisam incluindo os sapatos.
“Prefiro comprar tudo agora daqui a pouco estará tudo aborratado”, revelou a cliente.
Enquanto isso, Odete Cumbe, encarregada de educação, esperava impaciente numa das lojas que logo nas primeiras horas da manhã desta terça-feira já registava filas longas.
O ano lectivo 2020 arranca oficialmente a 4 de Fevereiro próximo em todo o país.