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Há fome na Guiné-Bissau porque castanha de caju não é comercializada

Foto: Voa Português

O primeiro-ministro guineense e candidato às legislativas pela Assembleia do Povo Unido, Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabiam, afirmou esta terça-feira que há fome no país porque a castanha de caju não está a ser comercializada.

“De momento o que se verifica na Guiné-Bissau é uma situação muito difícil, porque há fome de verdade, há fome, porque a castanha de caju não está a ser comercializada e isto tudo nós sabemos os fatores”, esta é a afirmação de Nuno Gomes Nabiam que falava aos jornalistas em Canchungo, na região de Cacheu, a cerca de 80 quilómetros de Bissau, antes de realizar um comício no âmbito da campanha eleitoral para as legislativas de domingo.

O líder da APU-PDGB disse ainda que “não depende da situação interna do país, mas de uma situação conjuntural. O preço hoje da castanha de caju não é bom a nível internacional e isso tem uma reflexão profunda na Guiné-Bissau. A população está a sofrer.

O primeiro-ministro explicou que, por outro lado, como a campanha eleitoral coincidiu com a campanha de caju, os “investidores estão com receio”.

“Na Guiné-Bissau tudo corre bem, mas depois das eleições há sempre problema. Esperemos que nestas eleições seja diferente, porque estão criadas todas as condições básicas necessárias para que as eleições sejam disputadas de uma forma ordeira e transparente”, disse.

A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau, do qual depende a economia do país e cerca de 80% da população guineense.

Desde o início da campanha de comercialização, em Abril, que os agricultores se têm queixado da falta de compradores para escoar o produto.

Já em relação às legislativas de domingo, Nuno Gomes Nabiam disse estar confiante.

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