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“Há empresas que não mais voltarão a abrir depois das manifestações”

A CTA diz que há empresas que não mais voltarão a funcionar, depois dos protestos pós-eleitorais, por falta de capacidade e dinheiro para a sua recuperação. A informação foi revelada nesta segunda-feira pelo sector privado, que manteve um encontro com o Ministério da Economia, no qual apresentou algumas propostas de solução para a actual crise.

 

O Ministério da Economia abriu as suas portas, nesta segunda-feira, para receber o sector privado, num encontro que visa encontrar caminhos para a recuperação da economia afectada pela onda de protestos no país.

Depois do encontro, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique, CTA, disse que ainda está a fazer o levantamento dos prejuízos decorrentes dos protestos, mas já há cenários previsíveis.

“Estamos a fazer o estudo, neste momento, até em conjunto o Ministério da Economia, para ver e avaliar qual é que foi o valor da destruição até agora, mas, claramente, há muitas centenas de empresas que não vão voltar a abrir, umas por falta de capacidade, outras por falta de moeda para comprar e requalificar a sua indústria e outras, simplesmente, por destino”, revelou Paulo Oliveira, porta-voz da CTA.

E para a recuperação da economia, os empresários propuseram ao Governo alguns caminhos. 

“Trazemos um conjunto de medidas em que nos possam ser aliviadas algumas cargas, deferimento, alguns impostos. Viemos, também, com algumas propostas reais para que a economia do nosso país possa desenvolver-se, nomeadamente, a requalificação da Estrada Nacional Número Um, que é muito importante. É a nossa espinha dorsal e onde passa toda a mercadoria de Norte a Sul. Trouxemos, também, preocupações com taxas, nomeadamente dos combustíveis e, igualmente, falamos da questão das portagens, de arranjarmos modelos que sejam mais sustentáveis e que sejam mais confortáveis para todos os utilizadores. Defendemos o modelo de utilizador–pagador”, enumerou Paulo Oliveira.

Já o Ministério da Economia destaca que este tipo de encontro com o sector privado vem para ficar e é uma plataforma de diálogo para se achar uma bola de oxigénio para recuperação económica.

“É um mecanismo que pretendemos consolidar centrado numa análise mais pragmática sobre medidas de curto, médio prazo estruturais ao processo da nossa transformação económica, mas, claramente, voltada para o que podemos fazer para recuperar a nossa economia, sobretudo naquelas centralidades geográficas que foram as mais afectadas. Refiro-me à cidade e província de Maputo”, referiu Claire Zimba, porta-voz do Ministério da Economia.

Neste encontro, o sector privado fez-se representar por uma delegação de 30 empresários. 

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