O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu, ontem, a necessidade de uma missão internacional no Mali, para evitar o colapso do país e propôs uma força africana com um mandato robusto do Conselho de Segurança.
A missão internacional da força do Conselho de Segurança das Nações Unidas destacada para o Mali, em 2013, poderá ser renovada em Junho deste ano. Trata-se de uma força com cerca de 13 mil soldados, agentes da polícia e civis.
Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sem a Missão Multidimensional de Estabilização Integrada das Nações Unidas, no Mali, o risco de colapso do país é enorme.
Assim, Guterres propôs o destacamento de uma força robusta de manutenção da paz e sustentou que deve ser africana, mas com um mandato do Conselho de Segurança e com financiamento obrigatório.
O responsável da ONU admitiu que a tarefa é difícil, pelo facto de a missão da organização no Mali ter perdido mais agentes no processo de manutenção da paz em 2021 do que todas as outras missões no mundo.
Cerca de 170 soldados das Nações Unidas foram mortos, desde 2013, em ataques perpetrados por extremistas, com recurso a bombas artesanais.
Os países africanos são os que têm mais tropas na Missão Multidimensional de Estabilização Integrada das Nações Unidas, mas há críticas devido ao seu mandato limitado.