O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres pediu esta terça-feira a “libertação imediata e incondicional” de pelo menos 50 mulheres sequestradas por extremistas no Burkina Faso.
“O secretário-geral pede a libertação imediata e incondicional das mulheres e meninas sequestradas e o regresso seguro às suas famílias. O secretário-geral exorta as autoridades do Burkina Faso a não pouparem esforços para levar os responsáveis por este crime à justiça”, disse Farhan Haq, um porta-voz de António Guterres, em comunicado, citado pelo Notícias ao Minuto.
Ao condenar o sequestro, o líder das Nações Unidas reafirmou ainda o compromisso da organização em continuar a trabalhar com o Burkina Faso e parceiros internacionais para “aumentar a proteção de civis, responder aos desafios humanitários e de desenvolvimento, promover e proteger os direitos humanos e apoiar os esforços para uma paz duradoura”.
Na segunda-feira, o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, já havia expressado a sua preocupação com a situação e pediu a libertação “imediata e incondicional” dessas mulheres.
Türk também exigiu uma investigação independente a esses sequestros, para determinar os responsáveis.
Os factos ocorreram nos dias 12 e 13 de Janeiro nas proximidades da cidade de Arbinda, no nordeste de Burkina Faso, região fronteiriça com o Mali e o Níger onde são comuns ataques de movimentos fundamentalistas islâmicos ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico.
Algumas mulheres conseguiram escapar dos alegados extremistas e notificar as autoridades locais logo após serem atacadas.