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Líder do golpe militar na Guiné-Conacri é favorito nas presidenciais deste domingo

A Guiné-Conacri realiza este domingo eleições presidenciais, mais de quatro anos depois do golpe de Estado de 2021. O líder da junta militar, Mamady Doumbouya, é o principal favorito, num processo eleitoral contestado pela oposição.

O general Mamady Doumbouya assumiu o poder na Guiné-Conacri a cinco de setembro de 2021, após liderar um golpe de Estado que pôs fim a mais de uma década de governação de Alpha Condé.

Na altura, Doumbouya prometeu um período de transição limitado e o regresso rápido à ordem constitucional. No entanto, mais de quatro anos depois, o líder da junta militar concorre às eleições presidenciais marcadas para este domingo, viabilizado pela nova Constituição aprovada em setembro último.

A nova lei fundamental estabelece um mandato presidencial de sete anos e introduz novos critérios de elegibilidade, incluindo a obrigatoriedade de residência permanente no país. Com base nesta exigência, dois dos principais líderes da oposição, os antigos primeiros-ministros Sidya Touré e Cellou Dalein Diallo, foram impedidos de participar no escrutínio por viverem no exílio.

No total, nove candidatos concorrem à presidência da República, mas os oito adversários de Mamady Doumbouya são pouco conhecidos do grande público, numa corrida eleitoral considerada desequilibrada por observadores nacionais e internacionais.  

No entanto, as autoridades guineenses garantem, por seu lado, que o processo decorre dentro da legalidade e que estão asseguradas as condições para a realização de eleições livres e ordeiras.

O líder golpista da Guiné-Conacri, Mamadi Doumbouya, deverá alcançar uma vitória confortável nas eleições presidenciais de domingo, impulsionado pelo arranque de uma há muito aguardada grande mina de minério de ferro e pela fraca concorrência do campo fragmentado da oposição.

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