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Guerreiros procuram consolação nas praias de Vilankulo

A selecção nacional de futebol de praia joga esta sexta-feira diante do Marrocos, para a consolação, depois de ter perdido e falhado o acesso à final da prova que decorre em Vilankulo. Será a quinta vez, em dois meses, que estas selecções se defrontam.

O sonho de fazer história e levantar, pela primeira vez, o troféu africano de futebol de praia, ruiu. A ideia era aproveitar o facto de termos sido vice-campeões africanos e campeões do Cosafa, ambos em 2021, organizarmos a prova africana para termos mais possibilidades de conquistar a prova.

Mas uma má primeira fase, em que o conjunto moçambicano conseguiu sair uma vitória e uma derrota, ditaram o início do descalabro. É que Moçambique era claro favorito à conquista da prova perante adversários mais experientes e bem cotados do futebol de praia africanos, casos de Senegal, Egipto, Marrocos, Uganda e outros.

O facto de ter terminado em segundo do seu grupo fez com que o seu cruzamento fosse com o primeiro do outro grupo, nesse caso o Senegal. Se tivesse terminado em primeiro do seu grupo, teria defrontado o Egipto, segundo do grupo B, que teria dado boas possibilidades de chegar à final.

Mas a derrota diante do Marrocos comprometeu todas as aspirações, já que o primeiro lugar passou a ser uma miragem.

Chegou o Senegal e um duro jogo, que até começou bem, mas terminou mal depois da revira-volta dada pelos Leões de Teranga.

Agora resta lutar pela consolação e, novamente, diante do Marrocos. Uma situação similar ao acontecido no Cosafa, onde perdeu no acesso à final e perdeu ainda no jogo de atribuição para Uganda, terminando em quarto lugar.

 

Não há margem para falhas, diz Ussaca

Desta vez não há margem para falhas, segundo disse o seleccionador nacional de futebol de praia, Abineiro Ussaca

“Tivemos um jogo difícil (diante do Senegal), mas tudo não termina aqui. Vamos continuar a trabalhar para, pelo menos, terminarmos em terceiro nesta prova”, disse Ussaca.

Marrocos não é um bicho de sete cabeças. Nos últimos dois meses são já quatro embates entre ambos, com duas vitórias para cada lado. As duas dos guerreiros da praia foram nos particulares realizados em Maputo, antes do sorteio, enquanto os marroquinos venceram um nos particulares e outro na fase de grupos do presente CAN.

Agora será o tira-teimas, para desempatar, e os guerreiros têm a responsabilidade de atenuar os corações dos moçambicanos feridos após derrota nas meias-finais, e terminar, no mínimo, na terceira posição.

Um prémio de consolação que ainda assim é pouco para a confiança e apoio que foi prestada pelos adeptos, alguns deles, idos de vários cantos do país

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