A guerra na Ucrânia entra no quarto mês, com as forças russas a concentrar a ofensiva na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
Segundo os dados do ministério da Defesa russo, citados pela Euronews, quase 700 alvos foram atingidos no domingo por artilharia ou mísseis.
A Ucrânia revelou as baixas causadas na semana passada por um destes ataques com mísseis numa base militar no norte do país. Volodymyr Zelensky disse que as estatísticas são muito tristes.
“Infelizmente, hoje, debaixo dos escombros em Desna, há 87 vítimas. Oitenta e sete cadáveres, vítimas que foram mortas”, revelou o presidente ucraniano.
Em Mariupol e nos arredores, as tropas russas continuam o que chamam de “operações de filtragem e transferência” de combatentes ucranianos que se renderam depois de passarem semanas barricados na fábrica Azovstal.
KIEV RECONHECE DIFICULDADES PARA DEFENDER DONBASS
Os ucranianos conseguiram afastar progressivamente os invasores da capital e da segunda cidade do país, Kharkiv, mas Kiev reconhece as dificuldades para defender agora o Donbass.
O governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, citado pela Euronews, diz que a defesa do território está cada vez mais difícil.
“A linha da frente está constantemente a ser bombardeada e temos combates pesados. O inimigo está a tentar romper e capturar a cidade de Lyman, de modo a realizar a sua ofensiva contra Sloviansk e Kramatorsk”, afirmou Pavlo Kyrylenko.
O presidente ucraniano afirma, no entanto, que “não há alternativa para além de lutar”.
“A situação mais difícil é no Donbass. Bakhmut, Popasna e Severodonetsk é onde os invasores estão mais activos. Criaram um massacre e querem eliminar tudo o que está vivo. Ninguém destruiu o Donbass como os russos estão a fazer agora”, afirmou Volodymyr Zelenskyy.