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Grupo Wagner será declarado organização terrorista no Reino Unido

Foto: RTP

O governo do Reino Unido vai declarar o Grupo Wagner uma organização terrorista, o que significa que será ilegal ser membro ou apoiar o grupo, anunciou, esta terça-feira, o governo britânico, citado pela emissora pública britânica BBC.

Ao violar a lei antiterrorismo do país, os acusados podem enfrentar até 14 anos de prisão ou multas de até cinco mil libras esterlinas.

Em comunicado, citado pelo Notícias ao Minuto, a ministra do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, afirmou que o Grupo Wagner é “violento e destrutivo, além de um instrumento militar da Rússia de Vladimir Putin”.Suella Braverman disse ainda que a actividade deste grupo na Ucrânia e em África é uma ameaça à segurança mundial”.

“As actividades desestabilizadoras do Grupo Wagner continuam a servir os objetivos políticos do Kremlin. São terroristas, pura e simplesmente, e esta ordem de proibição torna-o claro na legislação britânica”, acrescentou.

Assim passará a ser ilegal ser membro ou apoiar o grupo, o que o coloca ao lado do Estado Islâmico e da Al-Qaeda.

O grupo, anteriormente liderado pelo agora falecido Yevgeny Prigozhin, é conhecido por realizar o trabalho hediondo da Rússia na Síria e em África, e também proporcionou a Vladimir Putin a maior vitória da Rússia ao capturar Bakhmut contra a Ucrânia na invasão contínua.

O futuro do Grupo Wagner – empresa militar privada formada após a revolução ucraniana de 2014 e a anexação da Crimeia pela Rússia e que apoia os separatistas pró-russos, tem estado sob discussão após a morte dos fundadores Yevgeny Prigozhin e Dmitry Utkin, num acidente de aviação, ocorrido no mês passado, escreve o portal G7.

A morte de Prigozhin aconteceu dois meses após o líder do grupo de mercenários ter levado a cabo uma rebelião falhada contra o Kremlin, especificamente o Ministério da Defesa. Após a investida, que durou cerca de 24 horas e terminou com um acordo, Prigozhin passou a residir na Bielorrússia.

As autoridades russas até agora não avançaram quaisquer causas que expliquem a queda do jato privado Embraer Legacy que, segundo as autoridades de aviação civil russas, além de Prigozhin e Utkin, transportava outras oito pessoas.

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