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Grupo Standard Bank reserva 250 mil milhões de rands para financiar projectos sustentáveis até 2026

O Grupo Standard Bank, em parceria com a Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres (SOAS, em inglês), realizou, recentemente, a segunda edição da Cimeira do Clima, um evento no qual são discutidas as alterações climáticas no contexto do acesso à energia e da transição energética justa, visando identificar, unificar e elevar as vozes do continente africano, no âmbito da preparação para a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), a ter lugar de 6 a 18 de Novembro próximo, em Sharm El Sheik, no Egipto.

Através deste evento, que reúne investidores, representantes de indústrias, governos, políticos africanos e organizações da sociedade civil, o Grupo Standard Bank pretende oferecer uma plataforma de modo a que várias vozes se juntem ao debate sobre como o continente pode mitigar os efeitos das alterações climáticas, sem, no entanto, comprometer o seu desenvolvimento.

Entre as figuras que participaram no evento, destacam-se as de Mo Ibrahim (Fundação Mo Ibrahim), Nana Akufo-Addo (Presidente do Gana), Félix Tshiseked (Presidente da República Democrática do Congo), Barbara Creecy (Ministra do Ambiente, Florestas e Pescas da África do Sul), assim como de André de Ruyter (Administrador Executivo da Eskom).

À medida que as atenções do mundo se voltam para a COP27, África tem o potencial de ser um actor-chave na economia de baixo carbono. No entanto, a implementação de soluções de mitigação das alterações climáticas requer um capital significativo, daí que o continente tem de dar prioridade à garantia de apoio financeiro, tecnológico e de reforço de capacidades.
O Grupo Standard Bank entende que a mitigação da ameaça das alterações climáticas requer uma maior colaboração entre diversos sectores, para moldar uma voz africana forte que possa impulsionar uma mudança real, reconhecendo o contexto do continente, assim como os seus desafios e oportunidades.

É neste sentido que o Grupo Standard Bank está empenhado em contribuir para o crescimento do continente africano, e pretende fazê-lo de forma sustentável e inclusiva, e a Cimeira do Clima afigura-se como uma plataforma de divulgação da sua política climática, apresentada no início deste ano, através da qual se compromete a atingir “zero emissões” até 2050.
Para o administrador delegado do Grupo Standard Bank, Sim Tshabalala, é importante que o continente se torne auto-suficiente, pois só assim é que conseguirá responder às suas necessidades energéticas.

No entanto, as alterações climáticas também oferecem oportunidades para o continente aproveitar o seu enorme potencial de recursos naturais e tornar-se líder mundial no que diz respeito à agenda de sustentabilidade, o que também cria significativas oportunidades de mercado.

“Haverá enormes oportunidades para os países africanos, enquanto exportadores de energias transitórias e renováveis. O crescimento da nossa capacidade aumentará a base fiscal dos países, o que é essencial para uma soberania eficaz. Permitir-nos-á, igualmente, aprofundar as cadeias de abastecimento global, importante para uma ampla industrialização”, considera.

Ainda no âmbito da sua política climática, o Grupo Standard Bank reservou um total de 250 mil milhões de rands para financiar projectos sustentáveis até 2026. Desde o lançamento da política, em Março deste ano, já foram financiados projectos no valor aproximado de 40 mil milhões.

A nível de Moçambique, o Standard Bank tem promovido iniciativas de protecção e preservação do meio ambiente, através do plantio de árvores em diversas artérias das principais cidades.

Em 2019, o banco iniciou um projecto de plantio de árvores ao abrigo do qual já foram plantadas 6400 árvores de várias espécies nas cidades de Maputo, Matola e Beira. Nesta empreitada em prol do meio ambiente, a instituição bancária mais antiga de Moçambique tem-se associado aos conselhos autárquicos, Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, universidades e instituições religiosas.

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