As gasolineiras dizem-se disponíveis para ajudar o Governo a encontrar uma solução para a marcação de combustíveis no país. Entretanto, esperam que a empresa a ser escolhida tenha melhores competências e qualidades e seja responsável e traga melhorias para o segmento do mercado.
“O que interessa para nós como indústria é que o processo decorra da melhor forma e toda esta indefinição que tínhamos entre o recurso e o concurso, etc., isto havia de penalizar a própria indústria e não veríamos com que parceiro iríamos trabalhar para resolver os problemas da indústria que forem detectados ao longo deste processo. Agora que o Governo assumiu, sabemos então que é com o Governo que temos que falar. A indústria está suficientemente organizada, quer na IMOPETRO, quer na AMOPETROL, que é para ter um diálogo sério com o parceiro que foi identificado. Nós aguardávamos que houvesse um outro concurso, mas pelo que sabemos até agora será o próprio Governo a assumir essa responsabilidade. Temos um compromisso e o Governo tem as competências e ferramentas necessárias e nós damos um bem-vindo a essa solução. O Governo como parceiro, de mão dadas vamos encontrar uma solução para este processo”, António Grispos, Moztop energia.
“Juntamente com o Governo nós podemos trabalhar e encontrar formas de termos controlos a funcionarem directamente. No nosso seguimento do mercado temos várias empresas com muita experiência no trabalho aqui neste mercado e com uma parceria e um trabalho em conjunto podemos encontrar uma forma de conotar a suspensão do trabalho da empresa que vinha fazendo a marcação de combustíveis. As gasolineiras sofreram. Posso dar um exemplo de uma situação em que o camião é carregado e depois faz-se a marcação pela empresa e o camião sai para fazer o abastecimento ao cliente e 10 minutos depois esse camião é interpelado e é sujeito a uma inspecção. Em situações em que houve desvios, a culpa foi para a gasolineira, mas não foi a gasolineira que fez a marcação, foi a empresa, neste caso seleccionada para fazer esse trabalho, ela também está envolvida no processo de inspecção e 10 minutos depois a inspecção é feita à própria gasolineira. É um conflito muito grande e nós desde o início colocamos nossa preocupação ao Governo”, Martinho Guambe, Director geral da BP Moçambique.
“A decisão da escolha do marcador é uma decisão que o Governo tem de tomar. Nós confiamos na capacidade do Governo para tomar essa decisão. A situação da marcação é uma situação que combate o contrabando que, naturalmente, afecta a sustentabilidade da indústria. Portanto, há todo um interesse e estamos dispostos a colaborar com todos os participantes e com o Governo para encontrar uma solução que seja melhor para todos. Primeiro, nós temos que ter um marcador que não seja fiscal também. Segundo, queremos ter uma empresa capaz, eficiente e que garanta a qualidade que nós sentimos que não temos neste momento e terceiro, queremos alguém que realmente acrescente valor àquilo que é o negócio dos combustíveis e energia em Moçambique”, Danilo Correia, CEO da Puma Energy