Os trabalhadores da açucareira de Xinavane envolvidos na greve que terminou com destruição de infra-estruturas, na província de Maputo, devem ser responsabilizados, diz a Ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Tapala.
Episódios de vandalização e pilhagem foi o que se viveu na quarta-feira. Os actos promovidos pelos trabalhadores da açucareira de Xinavane, reivindicando aumento salarial, foram condenados pela Ministra do Trabalho e Segurança Social.
Margarida Tapala defende que os trabalhadores envolvidos devem ser responsabilizados, como forma de desencorajar situações similares.
“Condenamos veementemente os actos e aproveitamos para apelar às partes a optarem pela negociação e diálogo permanente para a solução de qualquer tipo de problema que impõe empregadores e os trabalhadores. Continuaremos a fazer acompanhamentos das ações em curso e que estão a ser levados a cabo pelas autoridades competentes, com vista a responsabilizar os envolvidos, posto que, os actos por eles praticados ultrapassam em grande medida as relações de natureza jurídico-laboral”, disse Margarida Talapa.
A governante não desvaloriza o facto de os trabalhadores exigirem aumento dos seus ordenados, mas não vê motivos para uma manifestação que prejudique terceiros e a própria empresa a que estão afectos.
Aliás, a ministra avançou que já se tinha enviado uma equipa para dialogar com as partes no sentido de haver uma saída para o diferendo.
“Nós estamos no terreno já a duas semanas. Enviamos o Inspetor Geral e a nossa Administração de Trabalho na província de Maputo. Estiveram a discutir com os trabalhadores e, na sexta-feira, havia-se encontrado um consenso de que a partir da segunda-feira, começariam as negociações, mas infelizmente, na segunda-feira vimos o que vimos”, lamentou.
Além de criticar os trabalhadores grevistas, Margarida Talapa entende que a Tongaat Hulett, proprietária da açucareira de Xinavane, deve fazer a sua parte para solucionar o problema.