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GREPOC já foi accionado para reconstrução em Nampula

O governador de Nampula diz que será accionado o Gabinete de Reconstrução Pós-ciclone (GREPOC), para se garantir uma rápida reconstrução das infra-estruturas públicas, destruídas em Eráti. Eduardo Abdula não tem dúvida de que se trata de terrorismo, independentemente das motivações.

O distrito de Eráti, na província de Nampula, sofreu os impactos do ciclone CHIDO, mas nada que se pudesse comparar com o que resultou das manifestações pós-eleitorais. O governador de Nampula, Eduardo Salimo Abdula, escalou os postos administrativos de Namiroa, Merote e Alua, tendo terminado na vila de Namapa.

“Os jovens é que estavam a destruir escolas, estragar estradas e bater a população – o secretário e o primeiro-secretário não dormiam nas suas casas”, testemunhou Basílio Amúquina que vive em Eráti.

Há relatos de que líderes comunitários e populares fugiram para as matas, onde permaneceram por mais de 30 dias por medo de serem assassinados pelos “Naparama” e outros manifestantes.

O hospital distrital ficou encerrado por 39 dias, desde 26 de Dezembro, sendo que só os serviços de urgência eram garantidos. O grupo que praticou o assalto tinha tudo bem definido.

“A nível do hospital, o primeiro sector que foi vandalizado foi o depósito de medicamentos, onde tiraram várias quantidades de medicamentos, entre os quais antibióticos injectáveis e orais, suplementos nutricionais e também vandalizaram o ar-condicionado, que funcionava para a manutenção dos medicamentos naquele sector”, avançou Lucinda Alexandre Raúl, directora hospital distrital.

Noutros sectores foram roubados outros itens tais como colchões e lençois, dando a entender que os bens e produtos visados fazem parte do que precisam para se manterem, o mais provável nas matas.

Com a destruição de infra-estruturas públicas, o serviço público não está a funcionar devidamente, tal como constatou o governador que falou, igualmente, de passos concretos para reverter a situação.

“Os serviços não estão a funcionar em pleno porque os espaços onde deveriam funcionar estão completamente destruídos. O que está a acontecer é que estão a trabalhar em lugares alternativos, mas que não oferecem condição nenhuma em termos de segurança de documentação e de papeis. O que fizemos é ver in loco, vamos regressar e vamos tentar reactivar o gabinete regional que tem sede em Pemba. Vamos ver se na próxima semana conseguimos conversar com eles e fazermos um apelo mais amplo para ver se efectivamente conseguimos apoios e com meios próprios conseguirmos com uma certa rapidez reconstruir todas estas instituições públicas”, avançou Eduardo Salimo Abdula, governador de Nampula.

Assegurou que a segurança está reestabelecida, mas pede vigilância nas comunidades, ao mesmo tempo que não tem dúvidas de que trata-se de terrorismo. “Qualquer acto desta natureza é terrorismo, independentemente da sua motivação”, concluiu.

A visita do governador aconteceu esta quarta-feira, 12 de Fevereiro.

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