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Governo sem dinheiro para subsidiar renda dos “desalojados” da lixeira de Hulene

O Governo falhou o desembolso de dinheiro para parte das vítimas do desabamento da lixeira de Hulene, em Maputo, para o pagamento de renda de casas. São, ao todo, 120 famílias que, nos últimos três meses de 2023 e no presente ano, não receberam subsídios.

São, ao todo, 260 famílias que foram retiradas das imediações da lixeira de Hulene, a maior da Cidade de Maputo, depois do deslizamento do lixo que matou 17 pessoas no ano de 2018.

Como saída, enquanto são construídas casas para o reassentamento, o Governo definiu que iria dar a cada uma das famílias 30 mil Meticais por trimestre, para arrendamento de casa.

De lá para cá, pelo menos 140 das 260 famílias receberam casas, em Possulane, distrito de Marracuene, Província de Maputo, e outras continuaram a receber subsídio de renda de casa.

Sucede, porém, que estas famílias estão há cinco meses sem receber o referido subsídio.

“Não dissemos que não há dinheiro. Voltamos a dizer: há um esforço do Governo para mobilizar recursos para o pagamento da última tranche do terceiro trimestre do ano passado e, igualmente, da primeira tranche do primeiro trimestre deste ano. Esse é o esforço que está a ser feito a nível do nosso Governo”, revelou Ivete Maibaze, ministra da Terra e Ambiente.

De acordo com a ministra da Terra e Ambiente, o Executivo vai continuar a pagar o subsídio às famílias que ainda não foram reassentadas, até que as suas casas sejam concluídas.

“Nós temos articulado e comunicado com as famílias sempre que estamos neste processo de mobilização de recursos. As famílias são sempre informadas, quer por parte do Governo, através do Ministério da Terra e Ambiente, quer através do Conselho Municipal, parte integrante deste processo. As famílias são devidamente comunicadas sobre o processo que o Governo leva a cabo para a mobilização de recursos”, assegurou Ivete Maibaze.

E a edilidade de Maputo diz estar também a mobilizar recursos para resolver a situação.

“A responsabilidade não foi deitada. O que se precisa, neste momento, é de recursos, e devem ser organizados, porque, realmente, as famílias estão a sofrer e devemos estar todos juntos para buscar solução”, afirmou o presidente do município de Maputo, Rasaque Manhique.

Não poucas vezes, as famílias que ficaram desalojadas das suas residências com o desabamento da lixeira de Hulene, amotinaram-se defronte do Conselho Municipal de Maputo para exigir o pagamento do subsídio de renda de casa em atraso.

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