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Governo sem datas para conclusão de casas para vítimas da lixeira de Hulene

Foto: O País

O Governo, através do porta-voz do Conselho de Ministros, recua e diz não ter datas para concluir as casas que prometeu às vítimas do deslizamento da lixeira de Hulene, na capital do país, tragédia que matou 16 pessoas em Fevereiro de 2018.

No dia 2 de Junho de 2020, após reunir em mais uma sessão do Conselho de Ministros, o Executivo havia garantido que em 12 meses, as famílias iriam receber casas na zona de Possulane, distrito de Marracuene, na Província de Maputo.

Cerca de um ano e 18 meses depois, a certeza já não existe. O porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, sublinha que “não se pode indicar uma data específica para o término da construção, embora esta tenha retomado”.

Suaze espera que as obras decorram a bom ritmo, mas para já, havia necessidade de voltar a aprovar um acréscimo de cerca de 2,2 milhões de Meticais para que as cerca de 300 famílias afectadas continuem a pagar as suas rendas.

O valor aprovado é transferido para a conta do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, que depois deverá alocar às famílias. Embora não tenha datas para a conclusão das casas, o Governo tem uma explicação para o atraso das obras.

“Uma das coisas que levou para uma certa moratória no processo de construção das casas é que tinha sido interposto um recurso no tribunal que resulta de um processo que foi intentado junto ao Tribunal Administrativo, por uma família que se arrogava a titularidade do espaço”, explicou o porta-voz do Governo.

Suaze, que falava nesta terça-feira, após o Conselho de Ministros, revelou ainda que o Executivo aprovou a ampliação da área concessionada ao Porto de Maputo.

“Estamos a falar de uma concessão que, nesta altura, ocupa uma área de 140 hectares e decidiu-se pelo aumento de uma área de 138 hectares, quase o dobro da área em termos de capacidade. Vamos passar a ter 278 hectares”, disse Suaze.

Na sessão, o Governo reiterou ainda que o Estado começa a encaixar em Outubro, receitas de gás natural do projecto Coral Sul, da Bacia do Rovuma, cuja plataforma que será usada para a produção chegou ao país, em finais do ano passado.

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