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Governo quer atingir 6.8 bilioes de dólares em receitas de turismo

O ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, foi o primeiro a intervir no terceiro e último dia da Conferência Internacional sobe Turismo baseado na Natureza. Dunduro tinha como missão apresentar as potencialidades do sector que dirige. O lema da apresentação era Descubra Moçambique, uma oprotunidade para investimento no turismo, no entanto, Dunduro trocou por “Destino Moçambique, uma oportunidade para investimento seguro no turismo”, por considerar que as potencialidades do país já estão expostas.

Referiu que o Governo aposta da diversificação da economia para assegurar o crescimento económico, reduzir as desigualidades sociais e combater a pobreza.  Para o efeito, mencionou a implementação do segundo plano estratégico para o desenvolvimento do turismo 2016-2015.

 “A realização desta visão implica turismo de alto crescimento que se espera que traga retornos económicos e sociais, tendo como balizas, mais de  2.8 bilioes de dólares de receitas de turismo externo e o equivalente a 4 biliões de dólares de receitas de turismo doméstico”.

Por outro lado, com a implementação do plano, espera-se a criação de 83 mil empregos directos e 242 mil empregos totais no turismo. Actualmente o sector emprega mais de 63 mil pessoas em todo o país. Silva Dunduro afirmou que o investimento que é feito no sector do turismo faz parte da estratégia de diversificação da economia e que em 2017, as receitas do turismo foram de 150 milhões de dólares.

Moçambique escolheu como cinco destinos prioritários para o investimento no turismo, Maputo (cidade de Maputo, Reserva Especial de Maputo e Ponta de Ouro), Vilanculos (arquipélago de Bazaruto e Inhassoro), Gorongosa (Parque Nacional de Gorongosa, Reserva do Marromeu, Reserva Nacional de Chimanimani, Cabeça do Velho e Savana), Quirimbas (Baía de Pemba, distrito de Quissanga, distrito de Macomia, distrito de Palma, distrito de Mocímboa da Praia e a Ilha do Ibo) e por fim Niassa (Lichinga, Metangula e a reserva Nacional do Niassa.

Segundo Dunduro, nestes destinos, há possibilidade de combinação de seguimentos turísticos, o turismo de praia tropical ao longo da costa com a vida cosmopolita das cidades, o ecoturismo, assim como a rica história e o mosaico cultural que nos caracteriza.

Como medidas implementadas para dinamizar o sector do turismo no país, o dirigente apontou a redução dos custos de viagens aéreas, a melhoria do acesso rodoviário para as principais zonas prioritárias de turismo, a melhoria da promoção da imagem internacional, o desenvolvimento de atracções de turismo cultural, a formação e fortalecimento das instituições públicas e privadas são algumas das medidas que estão em curso com vista a eliminação das barreiras para o aumento do número de turistas e investimentos no sector.

E porque a conferência visava, também atrair investidores, o Director Geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação, Mateus Mutemba, apresentou as potencialidades do país, no que refere ao turismo baseado na natureza.

Ainda nesta conferência, o Governo moçambicano assinou, através da Administração Nacional das Áreas de Conservação, oito memorandos de entendimento com várias instituições nacionais e internacionais que actuam nas áreas de proteção da biodiversidade, gestão de parques e do turismo, para colaboração na gestão de alguns parques nacionais, proteção da biodiversidade, para além da parceria com operadores turísticos privados.

À margem dos memorandos, a ANAC assinou dois acordos com operadores turísticos da província de Inhambane, que pretendem investir na área e a posterior trabalhar com o governo na gestão.

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