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Governo nega que Tanzânia tenha recusado colaborar no combate ao terrorismo

Foto: O País

O ministro da Defesa, Cristóvão Chume, desmentiu que, no início, a Tanzânia tenha negado cooperar com Moçambique no combate ao terrorismo. Já a ministra da Defesa da Tanzânia comentou, pela primeira vez, a presença de tanzanianos na liderança do grupo que actua em Cabo Delgado.

Aquando do início de ataques terroristas em Moçambique, circularam informações de que a Tanzânia não estava a colaborar no combate ao terrorismo em Moçambique, o que, segundo o ministro da Defesa Nacional, não é verdade.

“Não me recordo de, em algum momento, em que os membros do Governo tenham dito que a República amiga da Tanzânia não está a colaborar ou a cooperar. Portanto, a discussão feita fora do quadro formal não pode virar assunto de discussão entre governos. Tanzânia e Moçambique têm relações históricas. A base da conquista da nossa intendência foi a República Unida da Tanzânia e sempre apoiou nos esforços de Moçambique, mesmo na guerra dos 16 anos. Nessa guerra, morreram tanzanianos em Moçambique e, ainda hoje, continuam a morrer tanzanianos no nosso país, durante acções de apoio ao nosso país.”

Confrontámos também a ministra da Defesa da Tanzânia com a identificação de tanzanianos na liderança do grupo que semeia terror em Cabo Delgado, tendo respondido que o terrorista não tem nacionalidade.

“Os terroristas não respeitam fronteiras. Eles não têm nacionalidade. Eles estão em todo o lado, movem-se de um lugar para o outro. Como disse, alguns líderes são da Tanzânia, mas estes são de todo o lugar. O que podemos dizer é que a Tanzânia está comprometida em combater o terrorismo, por isso fazemos parte da tropa da SADC que está em Moçambique. Estamos comprometidos em colaborar com Moçambique e com outras entidades que estejam envolvidas no combate a este mal. Portanto, vamos colocar de lado a ideia que o terrorista vem da Tanzânia ou de outro lugar; o terrorista não tem nacionalidade”, referiu Stergomena Lawrence Tax.

Além deste encontro, estava prevista a visita da governante ao Centro de Mecanismo de Cooperação Regional da SADC, ao Comando da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM), entre outros locais de interesse ligados à defesa e segurança.

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