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Governo liberta  648 reclusos para descongestionar penitenciária  na RDC

O Governo da República Democrática do Congo (RDC), anunciou, hoje, a libertação de 648 reclusos, da prisão de Makala, a maior do país, como forma de descongestionar as penitenciárias congolesas. Entre os reclusos libertos estavam oito menores. 

Durante a cerimónia, que foi realizada na própria prisão de Makala, o ministro da defesa congolês disse que os recém-libertados devem ser modelos para a sociedade, pois estão a receber a oportunidade de recuperar a liberdade. “Entre vocês, há pessoas que podem ser úteis à sociedade. Não repitam os mesmos erros que os trouxeram até aqui”, acrescentou. 

Nos últimos meses, as autoridades congolesas libertaram centenas de pessoas em Makala e noutras prisões do país.

Segundo a imprensa local, citada pela agência de comunicação Lusa, “mais de 400 prisioneiros deixaram Makala, no final de julho, enquanto cerca de 30 recuperaram a liberdade no início de Agosto, na penitenciária central de Kisangani (que estava lotada, tendo mais do dobro da sua capacidade original para alojar prisioneiros, que é de 500 pessoas), na província de Tshopo”.

No final de Agosto, mais 120 detidos foram libertos da prisão de Mbuji-Mayi, em Kasai Oriental (também central).

O anúncio de hoje surgiu depois da tentativa de fuga em Makala, ocorrida na madrugada de dois de Setembro, na qual morreram mais de 130 pessoas, algumas por tiros disparados pelas forças de segurança, e outras por asfixia e empurrões.

A prisão de Makala é a maior da RDC e, como muitas outras no país, está sobrelotada, albergando mais de 15 mil prisioneiros, alojados em diferentes enfermarias, quando a capacidade máxima é de somente 1500 pessoas.

 

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