O Governo garante redução de preços dos produtos cuja produção depende dos combustíveis e a primeira medida nesse sentido foi a redução feita na última terça-feira. O porta-voz do Executivo, que falava em conferência de imprensa, garantiu ainda o pagamento das horas extras a partir da próxima semana.
O porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, garantiu, na manhã desta sexta-feira, na Cidade de Maputo, que a redução do preço dos combustíveis terá influência directa na redução dos preços dos produtos cuja produção depende dos combustíveis.
Segundo disse Inocêncio Impissa, a redução dos preços dos combustíveis vai trazer vantagens económicas ao país. Inclusivamente, Impissa explicou que a decisão foi tomada com base numa análise detalhada e na necessidade de se criar um equilíbrio entre finanças públicas e o interesse das populações, Assim, acredita o governante, o impacto positivo na vida das populações é certo, uma vez que os combustíveis são muito usados como matéria de produção.
Sem avançar muito pormenores, Inocêncio Impissa garantiu que haverá fiscalização dos preços e que o Governo está atento a outras acções fundamentais para estruturar outras decisões que possam melhorar a vida dos cidadãos.
No encontro desta sexta-feira, foi igualmente anunciado o pagamento das horas extras a partir da próxima semana. Segundo disse Inocêncio Impissa, efectuado o pagamento do décimo terceiro aos funcionários, nesta semana o Governo está concentrado em pagar os salários. Para a semana inicia o pagamento de horas extras, que sera feito em duas fases. Nesse aspecto, acrescentou, o Governo também vai iniciar o pagamento de dividas que tem com os fornecedores.
Na conferência desta sexta-feira, os efeitos das manifestações violentas, bem como acções dos Naparamas, foram objectos de condenação por parte do Governo. Impissa lembrou que as manifestações são maioritariamente protagonizadas por jovens, e lamentou a violência que passa por destruição e ataques a autoridades.
De acordo com Impissa, as manifestações têm consequências a curto, médio e longo prazo.
Para o governante, o que leva minutos a destruir, pode-se traduzir em muitos anos de construção, para além de perda de vidas impossíveis de reparar.
O Governo apela aos autores morais e aos que se deixam instrumentalizar a tomar consciência de que actos violentos não contribuem para a resolução de qualquer contestação. Pelo contrário, contribui para a destruição das infra-estruturas do país, num contexto em que, entende, é relevante manter a paz e a tranquilidade.
“Apelamos à priorização da calma e do diálogo, porque são as melhores formas para procurarmos as soluções mais ajustadas”, disse.
De acordo com Impissa, os empresários de Maputo e Gaza estão com receios de abastecer estabelecimentos, devido às manifestações, o que pode minar o interesse dos empresários em baixar o preço dos produtos. Também por isso, o governante apelou para que os envolvidos se abstenham de actos violentos, uma vez que as acções podem baixar o nível de oferta dos produtos.
No habitual informe semanal o Governo garantiu que os programas e financiamento dos Estados Unidos continuam com a salvaguarda dos interesses nacionais. Quer dizer, apesar da suspensão dos pacotes de financiamento em vários países, em Moçambique os EUA continuam a apoiar projectos essenciais. Por exemplo, relacionados a programas de HIV e assistência humanitária.
Na sessão de perguntas e respostas, o porta-voz disse que o Governo não sabe o que os Naparamas reivindicam. No entanto, afirmou que sabe que são moçambicanos e apelou para que se aproximem às autoridades e digam o que reivindicam para que seja possível manter a paz.