Três dias depois do ataque terrorista ao distrito de Ancuabe, o Estado, através do seu conselho de representação na província de Cabo Delgado, confirmou mortes na aldeia Nanduli, mas evitou revelar números de pessoas que perderam a vida, nem dos feridos, muito menos dos danos materiais causados durante o assalto armado.
“Não podemos pronunciar-nos sobre os danos causados no ataque a Ancuabe, porque é assunto meramente ligado às Forças de Defesa e Segurança, mas queremos aproveitar a ocasião para nos solidarizar com as famílias enlutadas e prometer trabalho de reposição da segurança e da paz em toda província,” tranquilizou Jorgina Manhique, porta-voz dos serviços provinciais de representação do Estado em Cabo Delgado, que não avançou detalhes sobre a situação de segurança.
Em consequência do ataque terrorista ocorrido há poucos dias, segundo o Governo, foram registados mais de 2500 deslocados em Ancuabe e nos distritos de Chiúre e Pemba, grande parte deles acolhidos pelos familiares.
“A triagem continua, mas, até agora, em Ancuabe, registamos 257 famílias, em Chiúre (169), Pemba (77), Metuge (76), e outras famílias em Balama e Namuno”, detalhou Jorgina Manhique.
Alguns deslocados já estão a regressar às suas casas, no entanto algumas famílias continuam a chegar às zonas de origem.
O número total de deslocados continua por apurar, porque ainda há movimento de regresso dos sobreviventes do ataque terrorista a Ancuabe.
Para demonstrar a reposição da segurança e transmitir uma mensagem de esperança à população de Cabo Delgado, o Conselho Executivo Provincial realizou a sua 11ª sessão ordinária do órgão na vila-sede do distrito de Ancuabe.