O governo mostra-se convicto que a Renamo poderá ultrapassar as clivagens internas. O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Pacheco afirma que os desentendimentos do partido não irão afectar as negociações entre o Presidente da República, Filipe Nyusi e o Líder da Renamo, Ossufo Momade com vista ao estabelecimento de uma paz efectiva.
“A Renamo é soberana a tratar a tratar e resolver os seus problemas internos. Vamos dar um voto de confiança, vão superar esta crise para se alinharem como grupo para um processo e paz assumido por todas as partes”, disse José Pacheco.
O mesmo sentimento é partilhado pelo embaixador da União Europeia em Moçambique, António Sanches, organização que já manifestou apoio financeiro no processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração dos Homens Residuais da Renamo.
“Renamo é representada pela pessoa eleita como presidente. O presidente da Renamo têm acordado com o Presidente da República um calendário preciso até chegar a assinatura de um acordo de paz definitivo. O engajamento pessoal entre os dois presidentes é o que mais importa”, afirmou António Sanches, reiterando o compromisso da União Europeia em apoiar o processo de paz no país.