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Governo decreta dois dias de luto nacional pelas vítimas do acidente da Manhiça

O Conselho de Ministros decretou, hoje, dois dias de luto nacional, em homenagem às 32 vítimas mortais do acidente rodoviário do último sábado, no posto administrativo da Maluana, distrito da Manhiça, província de Maputo.

O acidente de viação da Manhiça, na província de Maputo, mexeu com todos os que viram, dentro e fora do país. Como forma de manifestar condolências às famílias enlutadas, o Governo decidiu que o luto não só deve cingir-se às famílias das vítimas, mas também a todos os moçambicanos.

Assim sendo, “O Conselho de Ministros decreta dois dias de luto nacional, a partir das zero horas do dia sete de Julho até às 24 horas do dia oito deste mês de 2021”, anunciou Filimão Suaze, porta-voz do Governo, explicando que “durante o período de luto nacional, a bandeira nacional e o pavilhão da Presidência da República serão içados à meia-haste em todo o território nacional e nas missões diplomáticas e consulares da República de Moçambique”.

Enquanto isso, o executivo, que recebeu um relatório provisório sobre as circunstâncias em que ocorreu o acidente, quer mais. “O Governo orienta que se tomem diligências com vista a apurarem-se as responsabilidades dos intervenientes deste acidente e assegurar responsabilidade para com as famílias enlutadas e as vítimas”.

Para investigar as circunstâncias em que ocorreu o acidente, o Executivo decidiu, ainda, criar uma comissão de inquérito, sobre a qual ainda não há muitos detalhes relativos à sua composição, nomeadamente, os seus membros e o período da sua vigência. Suaze garantiu que esses detalhes serão conhecidos ao longo da semana.

No encontro, o Governo decidiu não tomar nenhum posicionamento em relação à transportadora, ou seja, ela continua autorizada a funcionar normalmente. O que não pode continuar é o desrespeito às medidas de prevenção da COVID-19, por isso o Conselho de Ministros apreciou informações sobre o cumprimento.

Filimão Suaze fez questão de destacar que o Executivo está atento e sabe que há desrespeito pelas medidas. Por exemplo, o decreto que está em vigor não permite que haja festas de casamento.

“Sabemos que se fazem festas enquanto se espreita para ver se a Polícia vem ou não. Eventualmente podem terminar a cerimónia antes que os agentes cheguem e isso dá a ideia de que se podem realizar festas. Mas, a verdade é que as Forças de Defesa e Segurança vão reforçar as medidas de fiscalização”, disse Suaze, referindo a seguir que o número de novos infectados pela COVID-19 está a aumentar de forma exponencial.

Ainda ontem, o país registou um novo recorde, superando o tecto que se tinha atingido na segunda vaga da pandemia em Moçambique. “A situação não está boa e pode ficar pior. Nós dizemos que estamos cansados da doença, mas ela de nós não se cansou”, comentou.

Ainda ontem, o Governo apreciou informações sobre a retoma das negociações para a revisão dos salários mínimos. Essas negociações, que retomaram depois de, no exercício económico passado, não ter havido nenhuma mexida devido à crise imposta pela COVID-19.

A última vez em que houve mexidas foi em 2019, quando o salário mínimo mais baixo foi de 4.266 meticais, do sector da pesca de kapenta, e o mais alto era de cerca de 12 mil meticais, do sector dos serviços financeiros e de seguros.

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