O novo governo de Guiné-Bissau rejeita acusações de autoritarismo e perseguição política feitas pela liga dos direitos humanos e o exonerado primeiro-ministro Aristides Gomes.
Em comunicado, citado pela DW, o governo nomeado pelo autoproclamado presidente da Guiné-Bissau, Umaro Embaló, rejeitou todas acusações de ameaça, autoritarismo e perseguição a opositores políticos.
O novo governo liderado pelo Primeiro-Ministro Nuno Nabian argumenta que as acusações não passam duma tentativa de lançar-se a imagem de caos e confusão na Guiné-Bissau, acrescentando que até agora ninguém foi detido ou amedrontado.
Estas declarações contrastam com as da Liga Guineense dos direitos humanos que alertou sobre o agravamento da crise naquele país, denunciando a substituição de militares da CEDEAO pelas forças de defesa e segurança da Guiné-Bissau que continuam a ocupar edifícios públicos desde que Umaro Embaló tomou posse à revelia do tribunal supremo.
Já Aristides Gomes, Primeiro-ministro exonerado por Embaló, queixa-se de ter a sua residência rodeada pelos militares. Domingos Simões Pereira, candidato derrotado, segundo CNE, em entrevista à rádio vaticano, apelou ao CEDEAO a intervir no país antes que a crise política se torne desastrosa e afecte a região.