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Golo madrugador no dérbi dá vitória à Liga 

Na tarde de sábado, os orientados por Lucas Barrarijo voltaram a pecar pela falta de harmonia e inspiração no seu jogo, enquanto que a Liga Desportiva mostrou-se tacticamente disciplinada, preenchendo todos os espaços de jogo, anulando, deste modo, os pensadores do jogo “locomotiva”. Reconfirmou-se a queda de forma de Timbe e Diogo, com este ultimo a embrulhar-se com os adversários em jogadas que poderiam ter produzido outra história. 
No ataque, o velho capitão Luís e o batalhador Chijioke estiveram desamparados. Mas a culpa foi do mister Akil da Liga Desportiva de Maputo, que apostou no 4x2x3x1 e assumiu o risco ao estrear o jovem central Licuco, relegando ao banco Francisco (que esta de malas aviadas ao Marítimo B de Portugal). O treinador mostrou arrojo e ousadia, sobretudo tratando-se de uma partida com um adversário daquela qualidade.
Dois minutos foram suficientes para a sua equipa arrumar o jogo e garantir os três pontos. Momed Hagy, o capitão, mais uma vez foi crucial ao não dar chances a Simplex que teve muitas culpas no lance do golo, ao fazer uma abordagem errada ao lance. Depois disso, esperava-se um Ferroviário ferido no orgulho, e que acorda-se para o jogo. Qual nada! A Liga Desportiva controlou as incidências e ate beneficiou de outras oportunidades, obrigando a que os “locomotivas” apenas esporadicamente chegassem a baliza de Milagre, nas poucas jogadas que quase não levavam perigo. Assim, chegou-se ao intervalo.
No regresso, varias mexidas de lado a lado. Lucas Barrarijo apostou num ataque mais rápido e tecnicista com as entradas de Tico, Gito e Paulana. Ai, a Liga sentiu dificuldades e baixou as suas linhas de jogo. O Ferroviário decide largar o seu clássico sistema de jogo 4x4x2 e aposta no 3x4x3. A estratégia quase resultou, porem Akil Marcelino não dormiu na sombra e também mexeu na equipa lançando um ponta de lança fixo, Sonito e o veloz e tecnicista Infren, para além de Francisco para o meio campo, dificultando as saídas do Ferroviário para o ataque. Nas bancadas pedia-se mais aos “locomotivas” tão inconstantes na presente edição do Moçambola Zap. Os adeptos gritaram, insurgiram-se contra a equipa técnica e vandalizaram parte da vedação do campo da Liga, tendo sido necessária a intervenção das forcas de segurança destacadas ao campo. Dentro do relvado, o tempo corria e as dificuldades mantinham-se para chegar ao golo do empate. O jogo terminaria com o magro um a zero a favor da Liga Desportiva de Maputo, o suficiente para dar um salto qualitativo na tabela classificativa.

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