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Girassol apresenta Mar me quer no Avenida

Mais uma vez, Mia Couto é levado ao teatro. No caso, por via de um texto dramatúrgico adaptado por Joaquim Matavel, do Girassol. Assim, na versão daquele grupo teatral, Mar me quer é uma peça em que Zeca Perpétuo dedica-se a conquistar o amor da sua vida, Luarmina, numa relação que se constrói à beira mar.

O espetáculo teatral está em exibição no Teatro Avenida, na cidade de Maputo, desde dia 13 e o mesmo foi preparado durante três semanas, das quais a primeira foi dedicada ao texto e as outras duas ao cenário materializado com técnicas apreendidas da companhia de teatro João Garcia Miguel de Portugal.

Na versão do grupo Girassol, Mar me quer foi estreada no Circuito Internacional de Teatro de Luanda, em Angola. E, este mês, eis que se criou a oportunidade de apresentar ao público moçambicano.

A encenação do espectáculo teatral coube a Joaquim Matavel, mentor do Festival Internacional Teatro de Inverno, e explica a razão da preferência: “Nós pegamos nesta história de um dos nossos grandes escritores por ter a ver com o amor. Nós precisamos de nos amar cada vez mais. Além disso, esta é uma história que nos aproxima ao mar, a nós, os moçambicanos, que somos banhado pelo oceano Índico. Sentimos que de uma ou de outra forma esta peça narra a história de cada moçambicano na relação que se tem com os antepassados”.

A representar o papel de Zeca Perpétuo está, na peça, o actor Horácio Mazuze, quem considera que o espectáculo do Girassol leva ao palco uma mensagem boa de ser partilhada, “numa história bonita e que reflecte muito o amor, a compaixão e amizade comum”.

Se, por um lado, o amor está sempre no ar, por outro, há um personagem determinante na aproximação de Zeca Perpétuo e Luarmina: Avô Celestiano, o conselheiro que aparece para dar luz ao sentimento que o neto tem por Luarmina. Celestiano é o personagem de Rafael Vilanculos na peça que, na sua percepção, justifica ter sido produzida porque “Mia Couto é um escritor de dimensão internacional, com uma escrita muito funcional nos palcos, quer dizer, é muito mais fácil adaptar obras de Mia Couto para o teatro do que qualquer outro escritor moçambicano”.

A última exibição do espectáculo teatral Mar me quer está marcada para próximo sábado, às 18:30h, no Teatro Avenida, em Maputo. 

 

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