Há cinco anos que está disponível o Fundo de Paz e Reconciliação Nacional para financiar projectos de reinserção social e económica de combatentes e já beneficiaram mais de 2200. Entretanto, os que saem do DDR não estão contemplados neste momento.
Combateu durante 16 anos pela defesa da soberania e depois da desmobilização teve necessidade de voltar à vida civil. Concorreu para explorar estas bombas de combustível no distrito de Morrupula, na província de Nampula e em 2016 pediu um financiamento de 500 mil meticais do Fundo da Paz e Reconciliação Nacional para a compra de combustíveis e derivados. Chama-se Jamu Mussagy, e até aqui, já reembolsou mais de 360 mil meticais.
“Temos tido um apoio sério. Nós estamos a trabalhar há sensivelmente quatro anos e somos a única bomba que satisfaz a população”.
No distrito de Mogovolas, na vila de Nametil, ainda em Nampula, existe uma serração que também resulta de um financiamento, em espécie, do mesmo Fundo da Paz e Reconciliação Nacional. O dono é antigo combatente e o seu gerente fala dos ganhos obtidos até aqui. “Recebemos este equipamento do Fundo da Paz e até aqui estamos satisfeito”, abreviou Raúl Muhate, representante do proprietário da carpintaria em causa.
Estes são alguns projectos submetidos por combatentes, tanto da luta de libertação nacional, como da guerra civil, que desde 2015 passaram a beneficiar de linhas de financiamento para a sua reinserção social e económica.
“O Fundo foi criado em ” Estêvão Leo Mwiya – dir. execut. Fundo do Paz e Reconciliação Nacional através do decreto 72/2014, no contexto da pacificação do país. Desde 2015, foram beneficiados 2200 combatentes, correspondentes a igual número de projectos”, disse Estêvão Leo Mwiya, director executivo do Fundo da Paz e Reconciliação Nacional.
Entretanto, os homens da Renamo que neste momento estão a sair do processo desarmamento, Desmobilização e Reintegração não estão a beneficiar deste financiamento.
“Esses que estão a ser desmobilizados no âmbito do DDR também são alvos da acção do Fundo, mas à posterior. Neste momento não há da responsabilidade do Fundo a sua reinserção”.
O valor do Fundo da Paz e Reconciliação Nacional é reembolsável, a uma taxa de juro de 7%.