O director do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças em África (Africa CDC), John Nkengasong, foi distinguido, ontem, pela Fundação Bill & Melinda Gates com o prémio “Global Goalkeeper” pelo seu papel central durante a pandemia de COVID-19.
“Desde o início da pandemia, tornou-se uma voz central para a comunidade científica africana. É um incansável defensor da colaboração global e das práticas de saúde pública baseadas em provas e um campeão na luta para minimizar as consequências sociais e económicas da COVID-19 em todo o continente africano”, adiantou, em nota, a organização dos prémios.
A iniciativa “Goalkeepers” (Guardiões dos Objetivos, em tradução livre) é uma campanha lançada, em 2017, pela Fundação Bill & Melinda Gates para acelerar os progressos nos 17 objetivos globais de desenvolvimento das Nações Unidas. Os prémios “Goalkeepers”, que vão já na quinta edição, distinguem personalidades cujo contributo para a saúde e o desenvolvimento se tenha evidenciado.
John Nkengasong junta-se assim ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, premiado em 2019, e à ex-presidente da Libéria e Nobel da Paz (2011), Ellen Johnson Sirleaf, distinguida em 2017.
“Através do seu papel como copresidente do consórcio africano para os ensaios clínicos da vacina para a COVID-19 (CONCVACT), Nkengasong está a assegurar uma variedade de ensaios clínicos de vacinas em fase final no continente, reunindo fabricantes globais de vacinas, financiadores e facilitadores locais para ensaios clínicos”, acrescentou-se numa nota.
O anúncio dos prémios segue-se ao lançamento, na semana passada, do Relatório Anual da campanha “Goalkeepers”, que concluiu que os danos económicos causados pela COVID-19 reforçaram as desigualdades e interromperam os progressos dos objectivos globais.
Natural dos Camarões, o virologista John Nkengasong é o director do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças em África (África CDC), tendo-se tornado desde o início do ano no rosto do combate à pandemia de COVID-19 em África.