“No momento as grandes dificuldades que temos são as mudanças de carreiras que estamos à espera há muito tempo”. A reclamação é de Gilda Hugo, técnica de comunicação e trabalhadora do estado há 16 anos.
A técnica de comunicação cedeu-nos uma breve entrevista durante a celebração do dia da função pública celebrado hoje.
Orlando Ngale, funcionário público também participou das celebrações do dia e apontou os baixos salários como um dos principais problemas que inquieta os funcionários do sector. Uma opinião partilhada por Rucai Gulavo, que trabalha no sector público há 30 anos. “Gostávamos de ter melhores salários”, afirmou.
O evento foi dirigido pela governadora da Cidade de Maputo, Yolanda Cintura, que incentivou os trabalhadores do Estado a prestarem serviços de qualidade ao público.
“Queremos encorajar os trabalhadores a continuarem a dar o melhor de si, cada um no seu local de trabalho, tal como o lema deste ano nos diz: “Criando a cultura de prestação de serviços centrada no cidadão”, afirmou.
Yolanda Cintura também referenciou que o lema de celebração do dia da função pública este ano é centrado na juventude: “Uma parceria com a juventude para a transformação de Africa”.
Ilda Maximiano, uma das jovens que esteve presente nas celebrações da data, disse sentir-se desafiada a trabalhar para melhorar a qualidade de serviços do sector público, mas alistou alguns problemas que a constrangem no dia-a-dia, para a concretização destes objectivos.
“Temos insuficiência de alguns meios como internet, computadores e transporte para vir ao trabalho”. Mas acho que são aspectos que podemos superar e nós como jovens devemos nos focar nisso para melhorar a função pública”, concluiu.
Já Joaquim Macarringue, também jovem, afecto no Ministério da Agricultura reclamou da falta de colaboração dos colegas mais antigos na passagem de experiência para os mais jovens.
A função pública em Moçambique emprega mais de 400 mil funcionários.
