O País – A verdade como notícia

Funcionários de saúde detidos por falsificação de atestados médicos na Beira

Mais dois funcionários públicos, afectos ao sector de saúde em Sofala, encontram-se detidos na cidade da Beira, indiciados de emissão de atestados médicos falsos. As assinaturas e os carimbos foram forjados por eles.

Assim subiu para oito o número de funcionários públicos detidos por falsificação de documentos na cidade da Beira, nos últimos dois meses.

Dos dois indivíduos recém-detidos, um trabalha no Centro Urbano de Macurungo, onde exerce funções administrativas; outro é jardineiro afecto ao Centro de Higiene Ambiental e Exames Médicos, de acordo com Lurdes Cuchama, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na capital de Sofala.

Os visados foram surpreendidos e detidos por agentes do SERNIC instantes depois de emitirem atestados médicos com diagnósticos falsos, a troco de dinheiro.

“Os atestados e diagnósticos em causa foram emitidos na base de carimbos forjados pelos mesmos [funcionários]. Aliás, os indiciados” sempre “emitiam documentos sanitários” falsos “há algumas semanas”. Foram colocados fora do esquema “graças a denúncias do próprio sector” de saúde, explicou Lurdes Cuchama.

Um dos implicados no caso confessou o crime, mas alegou que era a primeira vez que se envolvia num acto semelhante e pretendia ajudar o suposto cliente.

Este é o terceiro caso de detenção de funcionários públicos na Beira. Semana finda, três indivíduos foram recolhidos às celas por suposta falsificação de documentos e abuso de cargo. Eles emitiram 538 atestados falsos de trabalho para cidadãos estrangeiros que pretendiam obter DIRE. Por causa desta prática, o Estado foi lesado em mais de 16 milhões de meticais, dos quais só se recuperou um milhão.

Recentemente, dois chefes regionais de investigação e inteligência na Autoridade Tributária de Moçambique e um chefe provincial da fiscalização, afecto ao Ministério da Terra e Ambiente, também caíram nas mãos das autoridades, acusados de falsificação de documentos e corrupção passiva para omissão ilícita.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos