A Frelimo apela à tolerância política para que as eleições autárquicas sejam um momento de festa. As palavras foram proferidas pela mandatária do partido, Verónica Macamo, após a submissão, hoje, na Cidade de Maputo, da candidatura da Frelimo para o escrutínio de 11 de Outubro.
A Frelimo tornou-se, esta quarta-feira, no sexto proponente a submeter candidatura à Comissão Nacional de Eleições para concorrer à governação dos 65 municípios do país, nas sextas eleições autárquicas de Moçambique.
O acto foi dirigido por Verónica Macamo, mandatária do partido, que, à saída do evento, disse aos jornalistas que os eleitores estão atentos aos feitos da sua formação política, e que por isso o momento deve ser de festa.
“Nós achamos que o momento da campanha eleitoral não é um período para as pessoas se dizerem palavras que não são correctas, palavras que possam ofender o próximo, porque estamos num exercício político e todos nós somos irmãos. Estamos num exercício em que cada um vai explicar o que leva na manga para desenvolver o município, para melhorar a qualidade de vida dos munícipes e isso não se compadece com violência. O que apelamos é que todos nós participantes da campanha olhemos para o momento como uma festa”, frisou a mandatária.
À margem do evento, a Comissão Nacional de Eleições mostrou-se confiante na submissão de candidaturas de mais proponentes.
“Estamos satisfeitos com o arranque dos trabalhos esta quarta-feira achamos que, nesta quinta e sexta-feira (últimos dia de submissões), também teremos muitas submissões. Não deixamos de lançar um apelo aos proponentes que desejam ainda se candidatar, porque seria muito bom que fizessem logo a marcação para não termos o problema de choques na nossa agenda”, alertou Paulo Cuinica.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, Paulo Cuinica, avisa que não haverá prorrogação do processo, que termina esta sexta-feira.
“Não há prorrogação possível, mesmo que quiséssemos, não temos como, o calendário já está fechado.”
A campanha eleitoral recorde-se, inicia-se a 26 de Setembro e termina a 8 de Outubro. Os dois dias subsequentes estarão reservados para a reflexão, antes do dia da votação.
MDM DIZ-SE PRONTO PARA RECUPERAR AUTARQUIA DE GURUÉ E DE QUELIMANE
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) também submeteu, esta quarta-feira, a sua candidatura para as eleições autárquicas, e o objectivo passa por recuperar as autarquias que perdeu nas eleições passadas e conquistar mais municípios.
As palavras surgem cinco anos depois de o MDM ter perdido as autarquias de Gurué e de Quelimane. O Movimento Democrático de Moçambique garante, para o feito, estar pronto para recuperar o que perdeu e conquistar o poder noutras autarquias. A convicção foi expressa por Sílvia Cheia durante a submissão da candidatura do MDM para as 65 autarquias.
“Estamos prontos, estamos preparados e vamos recuperar aquilo que perdemos nas eleições passadas e vamos continuar a trabalhar”, garantiu a mandatária do MDM.
Sílvia Cheia garante que a ideia de coligação não morreu, mas, desta vez, não sentiu vontade por parte de outros partidos. “Desde Março, quando ocorreu o nosso Conselho Nacional, houve uma deliberação na qual o MDM se mostrava aberto a coligar-se, não só com a Renamo, como também com qualquer outro partido político que estivesse interessado. Se ainda houver alguma possibilidade para coligação, o tempo dirá, teremos outras eleições, só não sabemos como se irão comportar os outros partidos políticos nos próximos pleitos eleitorais”, lamentou.
Esta é a terceira vez, consecutiva, desde as eleições de 2013, que o Movimento Democrático de Moçambique se candidata, a nível nacional, a eleições municipais.