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Freddy destruiu mais de 900 escolas na Zambézia

Foto: O País

O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano garante que todos os alunos na província da Zambézia estão a ter aulas, apesar de mais de três mil salas de aula terem sido destruídas pelo ciclone Freddy. Entretanto, parte das crianças está a estudar ao relento devido à destruição.

A província da Zambézia foi das mais afectadas pelo ciclone Freddy, em Março deste ano.

Só no sector da educação, houve mais de 900 escolas destruídas, o que prejudicou o processo de ensino-aprendizagem de mais de 300 mil alunos, segundo fez saber a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua.

“O ciclone Freddy afectou as províncias da região Sul e Centro do país, com maior impacto na província da Zambézia, onde foram destruídas 3038 salas de aula em 919 escolas e 127 blocos administrativos, afectando 344 349 alunos e 5698 professores, para além de outros danos”, disse a ministra.

Devido à destruição causada pelo Freddy, algumas crianças continuam a estudar ao relento, daí que Namashulua disse ser necessário o envolvimento de todos os actores sociais para a rápida reconstrução das escolas.

“A escola é uma instituição social de referência, devendo estar na vanguarda da nobre missão de moldar o cidadão em geral, pelo que convidamos todos os actores da nossa sociedade a juntar-se aos esforços do Governo na melhoria das condições das nossas infra-estruturas escolares.”

Carmelita Namashulua falava, esta segunda-feira, após a assinatura de um acordo entre o Ministério da Educação e a Fundação Salimo Abdula, que prevê a reposição da cobertura em mais de 100 salas de aula.

Falando na ocasião, Paulo Oliveira, representante da organização, disse tratar-se de uma iniciativa de solidariedade social.

“Esta iniciativa surge no âmbito dos objectivos da Fundação Salimo Abdula de promover a cidadania e o desenvolvimento sustentável através de projectos e acções concretas que concorrem para o fim de ajudar os outros e contribuir também para o desenvolvimento da sociedade”, disse Oliveira.

A iniciativa prevê a doação de seis mil chapas de zinco às escolas afectadas pelo Freddy na província da Zambézia.

“O gesto demonstrado pela Fundação Salimo Abdula é de valor incomensurável e vai, sem dúvidas, contribuir, em grande medida, para minorar o sofrimento dos nossos concidadãos e contribuir para a melhoria do ambiente escolar das nossas crianças.”

O memorando de entendimento prevê também a partilha de informações relevantes nas áreas de construção de infra-estruturas e equipamentos escolares, bem como a implementação de programas mutuamente acordados.

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