O Centro Cultural Franco-Moçambicano inaugura, às 18h30, a exposição colectiva DEP – desenho, escultura e pintura, de Bata, Carmen Maria, Celestino Mudaulane, Ídasse, Pekiwa, Saranga, Ndlozy e Simione.
Através desta exposição, o Franco-Moçambicano diz que desejou convidar artistas de diferentes gerações e disciplinas que representassem a criatividade e inventividade das artes plásticas moçambicanas. Assim, a escolha dos artistas e das obras foi deixada ao critério do curador, Filipe Branquinho, que, segundo Franco, seleccionou um conjunto de oito artistas de universos diferentes, na tentativa de criar uma coerência estética e narrativa. A instalação das peças foi imaginada em diferentes espaços do CCFM: a sala de exposições e o jardim, permitindo uma deambulação dos visitantes através de um percurso.
Com esta exposição, num contexto em que, vagarosamente, as instituições culturais estão a voltar a funcionar quase em pleno, o Franco-Moçambicano espera contribuir para o sector das artes visuais duramente afectado, encontrando assim uma forma de um número maior de artistas ser beneficiado com a oportunidade de visibilidade do seu trabalho.
Sobre a exposição colectiva, escreveu o poeta António Cabrita: “estes artistas devolvem-nos uma energia e um “sentimento de presença”, característica daquilo a que Walter Benjamin chamava a aura; qualidade que está muito para além das especificidades técnicas ou das virtualidades do acabamento expressivo, e antes nos sensibiliza para um novo diálogo com os processos que deixa acreditar ser ainda possível recomeçar tudo – que a arte como se vida se reinventa”.