A fraca adesão ao teste e ao tratamento estão a comprometer a resposta ao HIV/SIDA no país. A constatação é do Instituto Nacional de Saúde (INS) que está a ensaiar a vacina de prevenção.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, dos mais de 2,1 milhões de infectados pelo HIV/SIDA, no país, apenas 1,8 milhões estão em tratamento. A situação, aliada à fraca adesão à testagem, compromete a recolha de informações para acelerar a resposta à epidemia.
“Há indivíduos que sabem que correm algum risco ou que, pela natureza da sua actividade, deviam fazer a testagem, mas não o fazem. Ainda há muita recusa e receio por parte das pessoas, em saber o seu estado”, explicou Eduardo Samo Gudo, director-geral-adjunto do Instituto Nacional de Saúde (INS).
Eduardo Samo Gudo falava, esta quarta-feira, na Cidade de Maputo, à margem do I Simpósio de HIV, organizado pelo Observatório Nacional de Saúde.
Sem avançar datas da conclusão do trabalho, Samo Gudo destacou que há progressos nos ensaios da vacina de prevenção do HIV/SIDA, que arrancaram em 2011.
“Devido à complexidade biológica deste vírus, a identificação de um candidato que dê uma resposta protectora, abrangente, duradoura e eficaz é difícil, mas os esforços continuam”, disse o director-geral-adjunto do INS.
O I Simpósio Nacional decorreu sob o lema “Geração e Uso de Evidências no Contexto de Observação para HIV/SIDA em Moçambique – Desafios e Oportunidades” e contou com a participação de especialistas da área de saúde, académicos e representantes da sociedade civil.