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Formadores de membros de mesas de voto sem subsídios desde Outubro em Maputo 

Mais de 150 formadores provinciais contratados pelo STAE para formar membros de mesas de voto no contexto das últimas eleições autárquicas ainda não receberam os seus subsídios. O facto está a causar indignação.

“Não temos nenhuma informação. Até aqui ninguém diz nada. Temos um grupo na rede social, em que todos nós partilhamos informações. Os directores estão lá e só visualizam. Não se manifestam. Estamos preocupados com a situação”, disse um dos formadores que falou em anonimato.

Um outro interveniente que se sente lesado com a situação recorda que muitos são pais e chefes de família e que precisam desse valor para pagar contas.

“Nós trabalhamos das 7h às 17h, formando por dia dois grupos, enquanto nas outras províncias formavam um grupo, e eles já receberam, mas nós ainda não. Isso é frustrante.”

Os formadores de MMV questionam o facto de terem sido obrigados a pagar emolumentos mesmo antes de receberem os seus subsídios.

“Disseram para pagarmos emolumentos e pagámos, convencidos de que, no dia seguinte, teríamos o dinheiro nas nossas contas, mas até hoje nada, e isso foi em Outubro”, lamentou.

O “O País” contactou o director de Administração e Finanças no STAE da Província de Maputo, Fabião Quive, que começou por reconhecer que “de facto, há problemas. Eles ainda não receberam”. Quive acrescentou que “o problema é com o tesouro, lá, no Ministério de Economia e Finanças; não é connosco. É do nosso interesse pagar esses subsídios, tanto que já pagámos na totalidade em Manhiça e Marracuene. Mas vamos pagar, logo que o Ministério canalizar os fundos”, garantiu.

Os acessos ao STAE na Província de Maputo estão bloqueados. Há lá um contingente que fica permanente, a controlar os carros que entram e saem. Inclusive, há barricadas na estrada.

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