A fístula obstétrica ainda é um problema de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde nos países em desenvolvimento são diagnosticados anualmente 50 mil a 100 mil novos casos, e afecta cerca de dois milhões de mulheres no mundo.
Em Moçambique são diagnosticados 2500 novos casos por ano, a Ministra da Saúde, Nazira Abdula diz que “a capacidade de tratamento ainda é muito baixa”.
A informação foi avançada nesta segunda-feira, no contexto da segunda reunião nacional da Fístula Obstétrica. Onde funcionários dos ministérios de Saúde, Ministério do Género, Criança e Acção Social, e o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) reuniram-se para discutir estratégias de combate e prevenção da fístula obstétrica.
Para Abdula, a estratégia para eliminar a fístula obstétrica está assente em quatro pilares “a advocacia, prevenção, tratamento e reintegração social”. Para o país alcançar este objectivo será necessário “uma resposta coordenada, integrada e rápida”.
O Fundo das Nações Unidas para a População através de sua representante Andrea Wojnar defende que esta estratégia deverá ser acompanhada pela eliminação de algumas práticas culturais que põem em risco a saúde da mulher.
A segunda Reunião Nacional da Fístula Obstétrica decorre sob o lema: “Não deixar ninguém para trás: compromisso para acabar com a fístula agora!”
A fístula obstétrica é “uma ruptura no canal vaginal que causa incontinência e leva à exclusão social de milhares de mulheres, suas principais causas são partos prolongados e obstruídos, especialmente onde o acesso a cuidados obstétricos é restrito”, Médicos Sem Fronteiras.