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Fintar o corpo franzino e fazer poesia na quadra

Chanaya Pinto é um dos valores do basquetebol moçambicano. Brilha no Quinta dos Lombos de Portugal, equipa que ajudou a conquistar a supertaça, em Setembro.

No fremente bairro da Malhangalene, ainda imberbe, há um valor que fintou o corpo franzino numa modalidade em que o físico, aliado ao talento, vencem, e impôs-se na quadra.

Aos 17 anos, foi uma das “rookies” – estreantes – da selecção nacional de basquetebol sénior feminina no “afrobasket” de Bamako, Mali.
Aposta acertadíssima do metódico e exigente Nazir “Nelito” Salé, resposta com exibições que deixaram boas indicações para o futuro.
Apenas, e apenas mesmo, o prémio de um notável percurso com paragens em Angola, em Fevereiro de 2016, onde foi indicada Melhor Jogadora – MVP – do campo de treinos da NBA.

Mais: estávamos em Fevereiro de 2017, quando arrancou 18 pontos na vitória do Quinta dos Lombos sobre o Algés, por 59-42, resultado que permitiu à sua equipa conquistar o campeonato distrital de Lisboa.

Presença merecida no cinco ideal da competição, juntamente com as compatriotas Carla Covane, hoje no Seward County Community College dos EUA, e Carla Budane, a representar o Algés, e as portuguesas Marta Vargas (Benfica) e Madalena Rodrigues (Carnide).

Com médias de 8.1 pontos e 4.9 ressaltos/jogo, Chanaya Pinto é uma das atletas de destaque no Quinta dos Lombos no arranque da Liga Portuguesa de basquetebol feminino. No arranque da temporada, a 30 de Setembro, exibição bem conseguida diante do GDESS, na vitória do Lombos por 70-63, a valer a conquista da supertaça feminina de basquetebol de Portugal. Chanaya, irmã de outra basquetebolista, a Carla, ora na A Politécnica, tem pinta de craque. E faz, agora, estragos na tuga! Em exclusivo ao “O País, fala do passado, presente e do futuro.

Esteve em destaque, em Setembro, no jogo em que Quinta dos Lombos venceu o GDESSA por 70-63 e conquistou a supertaça portuguesa de basquetebol feminino. O que foi determinante para esse feito?
O factor determinante para esse feito foi por ser a minha primeira vez a participar numa supertaça e o factor mais relevante foi poder dar a primeira vitória de uma supertaça aos Lombos e assim o fizemos.

A Liga Portuguesa de basquetebol feminino está em andamento. Nesta altura, apresenta médias de 8.1 pontos e 4.9 ressaltos/jogo, sendo ainda uma das jogadoras mais utilizadas, com 19.6 minutos na quadra em oito jogos. Que avaliação faz da sua prestação?
Faço uma avaliação positiva da minha prestação. Tal como havia referido nas entrevistas anteriores, o facto de ter ido à selecção fez-me crescer imenso como atleta, facilitando assim a minha integração e a minha prestação na equipa sénior, visto que estou no mesmo grupo de trabalho há dois anos.

Que análise faz do nível competitivo da Liga Portuguesa de basquetebol feminino?
É um campeonato muito competitivo, com equipas um pouco homogéneas e cheio de surpresas, visto que estamos numa liga repleta de estrangeiras, dentre as quais africanas, europeias e norte-americanas, fazendo desta a nossa liga mais competitiva.

Em 2016, destacou-se no campo de férias da NBA, em Angola, tendo sido considerada MVP. Esteve, igualmente, em destaque em Fevereiro último, ao contribuir com 18 pontos no jogo em que o Quinta dos Lombos venceu Algés, por 59-42, e conquistou o campeonato distrital de Lisboa. Olhando para este percurso, quais as suas metas para a presente época?

Manter o nível e ganhar o campeonato nacional em seniores femininos, para que possamos nos qualificar para as competições europeias do ano que vem.

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