O Presidente da República voltou a pedir ontem o levantamento de sanções contra o vizinho Zimbabwe, impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos há mais de 20 anos. Filipe Nyusi alega que já não fazem nenhum sentido e que a via ideal para solucionar problemas é o diálogo.
“Achamos nós que os problemas não podem perpetuar 20 anos, não se resolvem como se fosse um ódio que se tem. O diálogo de que muitas vezes falamos é a solução e podem ser desenhadas medidas que permitam a libertação económica para que o Zimbabwe possa dar a sua contribuição ao seu povo, à região, à África e ao mundo inteiro, porque há muita coisa que o país pode fazer para o mundo. Pedimos que se repense grandemente, porque não vemos resistência da parte do Zimbabwe para aderir a algumas mudanças que são exigidas”, pediu Filipe Nyusi.
Por seu turno, o Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, afirmou que, apesar das sanções, o seu país vai continuar a cooperar com Moçambique em todos os aspectos, a fim de contribuir para a robustez da África Austral.
“Essas sanções afectaram a nossa economia de forma drástica, mas (…) se nós olharmos para imensidão dos nossos recursos, assim como temos desenvolvido o nosso país, e juntarmos esses recursos entre os nossos dois países, não há dúvida de que a produção de energia vai beneficiar não só Moçambique e Zimbabwe, mas também cobrir o défice de energia que a SADC tem”, afirmou Mnangagwa.
Os dois Estadistas falaram à imprensa na cidade Beira, na tarde desta sexta-feira, no final de uma visita de trabalho e depois de um encontro bilateral que tinha como propósito analisar o estágio de cooperação bilateral com o propósito de reforçar as relações de cooperação político-diplomática e económico-comercial.