Kaushal Pandia, filho de Kishool Chootalal, proprietário da “casa Pandia”, renomada loja de venda de capulanas na cidade de Maputo, foi na tarde de domingo raptado num cruzamento entre as avenidas Emília Daússe e Vladimir Lenine.
Conforme “O País” apurou de fontes que pediram anonimato, sua viatura estava estacionada num dos pontos no cruzamento e, momentos após ter estado num restaurante no “jardim dona Berta”, foi interpelado por três homens armados que após terem disparado ao ar imobilizaram a vítima, que foi forçada a entrar na viatura ligeira em que os malfeitores se faziam transportar.
O crime ocorreu a menos de 20 metros de um edifício onde funcionam instalações de uma escola de condução da PRM, local que regista com frequência o movimento de agentes da polícia. Entretanto, como era domingo, estava fechado.
Em coordenação com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), a polícia assegura estar a investigar o caso, e reconhece que deve intensificar o patrulhamento e a vigilância.
“Consideramos que este é mais um facto criminal e que nos chama à necessidade de incremento do patrulhamento, vigilância e presença física no terreno como autoridade pública. E daí, de forma geral, prevenirmos mais factos criminais”, disse Machina, que garantiu estarem a decorrer “todos os trabalhos para o esclarecimento do caso, bem como tantos outros”.
Esta não é a primeira vez que a família Pandai é assombrada por um crime da natureza. Em Janeiro de 2014, Kishool Chootalal tinha sido raptado e volvidos seis anos, seu filho é vítima do mesmo crime.
O facto ocorre após em Maio último o SERNIC ter resgatado de cativeiros dois empresários e, na sequência, detenções de alguns malfeitores em conexão com os casos.
Entretanto, com o rapto de Kaushal, volta à assombração causada por um crime que há muito apoquenta a cidade de Maputo, cuja maior questão que para alguns inquieta é: “quem são os mandantes?”